Bom, não me sinto mais a vontade para trabalhar este tema entre os meus alunos, já que não sei na vida colocá-lo em prática, portanto, quero escrever estas palavras finais sobre o tema, como se fosse uma aula minha, cheia de vida... a melhor...
Queridos, muitos andam se enganando no que diz respeito ao amor. Acontece que a juventude tem vivido momentos de intensa obssessão, que é um sentimento negativo de posse absoluta de algo.
Amores não são conquistas. Não são posses. Tudo talvez comece errado no dizer: Meu Amor.
Flávio Gikovate em seu livro sobre solidão e amor relata assim o processo que nos leva ao amor.
Fase 1. Quando estamos sozinhos, não nos contentamos em estar neste estado. Como se todo ser humano nascesse para ter ao seu lado alguém, o que é bastante compreensível, depois da teoria da sexualidade explicada por Sigmund Freud. (nas aulas falo sobre a teoria, aqui seria uma outra aula).
Olhamos para todos os lados, procurando encontrar uma companhia, alguém que nos complete.
O menino entra no metro, estação Vila Mariana em direção ao Jabaquara, na estação Santa Cruz entra uma menina linda e se põe em sua frente. O olhar do menino desesperadamente procura o olhar da menina.
Duas possibilidades: a menina faz cara de desprezo. O coração do menino desacelera, ele praticamente a esquece, e até pode acontecer de na outra estação entrar outra menina, e o ENAMORAMENTO pode acontecer.
A menina se interessa, eles trocam olhares até que surja a coragem de trocar um contato, msn, telefone...
Bom, dai se a segunda possibilidade acontece, eles começam a se conhecer. Surgindo assim a PAIXÃO. Estado no qual idealizamos (mundo das idéias é bem diferente da realidade), alguém muito mais especial do que de fato é. Seu hálito é o melhor, seus cabelos sedosos, seus gestos incríveis, quando fala me derreto todo...
Bom, acontece que quando nos damos conta da real, somente sendo loucos, pensando na Obra Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdã, e é lógico, satirizando, é que podemos aceitar a pessoa como de fato ela é.
AMOR uma aceitação total do outro em sua vida. Eu me arriscaria a dizer na lição final, AMOR É SACRIFÍCIO. Que somente dois podem fazer. E somente neste estado pode surgir pela primeira vez as palavras: Eu te amo! Tudo assim, vagarosamente, em um período que em geral dura cerca de 2 anos e meio, para acontecer.
Mas hoje ao invés, diz-se Eu te amo, logo de cara, sem preocupações de se amanhã estamos juntos ou não.
Exemplos a parte, escrever é muito diferente de falar, quando meus alunos me pedirem aulas sobre o amor, limitarei-me a citar os filósofos todos, que em seus pedestais de saber ditam regras interessantes, até que vejamos na prática que cada história é uma história, seja quanto dure esta tal fase: AMOR.
1 commento:
Se não existem palavras, não existem sentimentos.
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