Ultrapassou minhas camadas todas.
No início, perfurou a pele como que com uma lâmina afiada, de barbear. Mas aguentei a dor toda, lutando contra ela, cicatrizando-a a cada tanto.
Afundou o corte, 178 vezes mais, como se aquele fosse o sinal do esquecimento todo, de um partir para outra, mas usando de mil subterfúgios, curei a ferida sangrenta.
Agora que o corpo esta fraco, a faca foi enfiada. O pior é que a pergunta respondida, fez com que a faca entrasse todinha, até o braço não ser sentido.
Uma mão retirou a profundidade da faca e não sei de quem ela era.
Mas quando chegou a faca saiu inteira. No olhar, na palavra culpa, surgiu o meu imenso, de onde tiro forças, perdão.
Não passou muito tempo, a palavra culpa se tornou covardia e humilhação. E ela, faca na mão, penetrou todas as camadas de pele, afetando o meu coração.
Partiu... Deve estar bem, enquanto meu ser jorra as últimas gotas de sangue antes da transfusão.
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