No primeiro dia fiz de tudo, e tentei. Dar as aulas como se fossem novas, e só na sexta aula um sorriso. Senti pena e medo mortal pelas histórias de vida da imensidão de alunos que tenho em frente, e desejei-lhes uma história muito diferente da minha.
No primeiro dia cometi um último erro. Um telefonema uma cobrança, como se não houvesse vivido o momento. E escondi-me nas esquinas, para ver mais uma vez o seu rosto, como se o vendo pudesse ver o coração e sentimentos. Menti para mim mesmo.
No primeiro dia adormeci na aula de italiano, fui sutilmente acordado por alunos, que nada tem haver com a história.
No primeiro dia com o carro cheio de tralhas acabei por voltar a casa na qual em momento algum estive com outro alguém, nem sequer em pensamento, quanto mais em palavras tão carinhosas trocadas pela internet, enquanto o outro dormia.
No primeiro dia um sono truncado, um coração magoado, pode gritar verdades minhas a quem nem tem nada haver com a história. Mas foi somente um primeiro dia.
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