Passos até o carro,
Abraço esperado,
Sorriso e palavras,
Caminhamos sem andar,
Chegamos,
Subimos assistindo sem nos movermos,
Andamos entre seres que talvez esperassem o que esperavamos,
Ganhei um rosto,
Mas ainda tinha as palavras,
O fundo adocicado do limoncello vencendo o ácido,
E o Céu...
.
E o Céu se movimentava...
.
E o Céu,
E suas mágicas,
Quiseram que a troca de palavras acontecesse,
Ninguém viu o tempo,
Eu olhei o Céu,
Nuvens se disfizeram,
Quisera ser Lua Cheia,
Nossas mãos se tocaram,
Tenho uma impressão distante,
"Talvez somente eu tenha tocado as suas"
E o Céu...
.
E o Céu se movimentava...
.
E o Céu...
Se movendo fez confluência entre os astros,
E as estrelas que reluziam,
Trouxeram as duras realidades,
Inesperadas,
Ouvi,
Falei,
Mas não pude deixar de sentir,
Como que um golpe,
Sinal de não esperança.
.
Resumos foram sendo feitos,
Tendas recolhidas,
O Céu virou detalhe,
Acertos,
Abraços e sorrisos,
E palavras distantes...
.
Neste momento meu escutar foi tão longe que pude ouvir as folhas mortas, caindo vagarosamente na noite quente, de árvores distantes, final de vida... Ruidosamente se recolhendo sozinhas.
.
No último e inesquecível ato,
Flores,
Texto deixado,
Pedidos,
Luz e cruzar de olhos marejados,
Beijo de despedida,
Que deixou claro o final de um tempo,
O fechar do portão,
O cair do cartão,
Um aceno de valeu...
.
E o Céu...
.
Não pude mais ver,
Pois no olhar estavam as lágrimas todas que alguém pode verter.
.
As lágrimas não fazem som ao descer rosto abaixo... Em um homem ainda menos... Elas escorrem, sem destino, como se cada uma fizesse um caminho, elas caem do queixo, molham a camisa na altura do coração...
E o Coração...
.
E o Coração se petrifica...
.
E o Coração...
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