mercoledì, ottobre 10, 2007
A frase
"Na imensidão do céu, três estrelas, as mais brilhantes, ignoradas por muitos, e encontrada por nós: você, eu e um futuro amor"
domenica, agosto 19, 2007
111 pontos de reticências
..............................................................................................................
eis os pontos de reticências, que anunciam o grande dia, de uma história para sempre:
enquanto durarem os dias.
só não digo conto de fadas, porque sem dificuldades só as histórias encatadas, que um dia diremos felizes, a ninar os pequenos aprendizes...
são 111 dias, que separam o momento, desta nossa alegria.
eis os pontos de reticências, que anunciam o grande dia, de uma história para sempre:
enquanto durarem os dias.
só não digo conto de fadas, porque sem dificuldades só as histórias encatadas, que um dia diremos felizes, a ninar os pequenos aprendizes...
são 111 dias, que separam o momento, desta nossa alegria.
Muitos outros do passado...
Réquiem in Pace. (Descanse em paz).
Gargalharia, antes do término de minha vida, um pouquinho antes da partida, revendo o todo, emaranhado de coisas vividas. Morreria sorrindo. Deixando um bilhete ao doutor legista, para que o sorriso, descrito fosse no todo, e à certidão de óbito, fosse anexada uma foto, do pálido sorriso.Previnido, deixaria tudo preparado. O tecido mortuário, substituiria as flores, que não quero por cima de mim, e no linho branco, já amarelado pelo tempo, estaria escrito um poema sem fim. Dois metros e cinqüenta de linho, com linhas escritas por mim, em nanquim, relembrando locais, pessoas, atos, feitos, desfeitos. Um poema que se chamaria minha vida. Longo, longo poema. Deixaria nele revelações, quem não tem algumas, em letra pequena, só para que o caixão estivesse sempre rodeado. Caixão branco, por mim encomendado, forrado de metal, para que eu me consuma por mim mesmo, sem os vermes de outros seres antes enterrados. Criamos nossos próprios bichos. Eles já estão aqui comigo em potência.Se houver uma mulher amada, que eu vá antes, mas que ela não chore. Mas recorde, os momentos de alegria, minhas palhaçadas, tombos e quedas, batidas de cabeça, sorriso amarelo, piadas fora de hora. Que ela se lembre do prazer, e das loucuras na cama, na cozinha, no chuveiro, no..., na...E sua dor se transforme em prazer e carinho, tão devagarinho, que ninguém entenderia o seu riso caladinho, no canto do salão.Se tiver filhos, lembrem-se do super herói, das vezes que quando pequenos, trotraram no cavalo de mentira, que sofria de dor nas costas após. Lembrem-se do peso da minha mão, segurando as suas, e também dos olhares de reprovação, e do tapa, que nunca levaram.Lembrem-se das aulas de filosofia, dos meus textos, de novo da minha mão direita, pegando nas suas, e os ensinando a escrever. Recordem o nome de cada livro que ganharam na vida, cada um que pude ler. Tenham em vista o amor, que viram no seu lar, e de todas as falas, dizendo para que eles disso não venham a sofrer.Os meninos lembrem-se dos papos de homem, das aulas que na teoria os ensinei a dar prazer. As meninas, do cheiro, das roupas, do carinho, para um homem como eu ter.Enfim, carreguem-me. Não se esqueçam que paguei tudo. Ainda deixei bom troco, naquelas contas conjuntas, e também em baixo do colchão.Os netos só se lembrem do avô brincalhão, e nunca da deseducação, por mim gerada. Eu queria mesmo era curtir e ver a cara, dos meus filhos a repetir, tantos nãos.Se não tiver ninguém, nem filhos, nem esposa, nem netos, nem sobrinhos, nem irmãos, pago a um grupo de oração, contribuo com uma instituição qualquer, chamo a banda da polícia militar, pago um coro para cantar as canções de amor, e algumas mulheres para de preto chorar.Carreguem-me, e não se esqueçam (seja lá quem for) da lápide de mármore branco, que foi talhada por mim mesmo, e que diz: Aqui repousam, os restos de um ser, que amou, que ama e que passará seu céu, amando.O meu melhor sorriso, enfim.
Fina Folha
Esconda-te, desfaz teu sorriso, e enfrenta, o vento que a vida manda,com a folha já morta, e seca, diferente da tua vida viva, e molhada,sépia, opaca, alegria acabando,colorido pouco, só o teu olhar, e lábios avermelhados, de uma cor não natural,gerada, quantas passadas, daquele batom que para mim não tem gosto nenhum,eu, que não devia estar neste texto, já que não sou o motivo do teu sorriso desfeito,assopro mais ainda, para ver se a fragilidade da folha,te deixa nua, outra vez.
Ausências...
Falta o apetite, Falta a memória,Falta o sorriso,Falta a vitória,Falta o carinho,Falta a mão,Falta o coração,Falta a alegria,Falta o tesão,Falta a coragem,Falta o amor,Falta a ilusão,Falta o olhar,Falta a visão,Falta o voar,Falta a dança,Falta o cabelo,Falta a voz,Falta...Falta...Falta...Falta...E resta somente algo que não se chama de nome algum que meu vocabulário possa alcançar...
Estações
No outono te amaria, deixando cair de mim todas as neuras, e problemas, para que nos momentos em que em meus braços estivesses, fosse somente sonho. Aquecería-te nas brisas outonais todinhas, porque meus braços, já não rente ao corpo te envolveriam. Quem nos visse invejaria a alegria, de poder ser bem assim, amor.No inverno, bem grudados, com o corpo lado a lado, e um brilho no olhar tão diferente, que o povo diria: Gente! Eles se amam de verdade. Sequer precisaríamos de lareira, elas seriam enfeites pequenos, perto do calor de nossos corpos e dos rostos avermelhados. Seriamos cachecol um do outro, só para poder ser bem assim, amor.Na primavera, as flores nos enfeitariam, elas diriam da beleza do nosso amor para o mundo, e se não ouvissem, receberiam, girassóis, camélias, rosas, margaridas; todo dia, dia a dia, só para ser bem assim, amor.No verão, a praia teria outra cara, pés descalços dentro d'água, caminhada. Mão dadas, roupas poucas, e as marcas para sempre renovadas, apagando o último verão, terrível, que tivemos separados, pés descalços dentro d'água, tão distantes, mas unidos pelo mar. Seria o teu refresco, o teu sopro no pescoço, tua grande piscina, só para combinar com as cores deste teu corpo e ser bem assim, amor.
22.4.06
Sangrando.
Era necessário que o colibri doasse o seu coração à bela rosa que de branca, ficou vermelha pelo sangue que deixou o colibri, ao espetar seu coração no espinho, e cantar bem alto, afim de demonstrar o seu amor. Amou mas morreu, já que vivendo morria de amor.baseado em um conto de Oscar Wilde
...
"O meu único orgasmo é escrever".Se alguém tiver algo melhor para oferecer...
Trocaria...
Trocaria meus 28, pelos 14 dele, só porque me vi... Ou revi o meu rosto de um passado não tão distante.Voz infantil e música. Força que vinha da alma. E a vergonha típica da idade.Pele branca. Rosto recheado. Cabelos compridos. Coragem rompendo barreiras. Olhar brilhante. Ausência de problemas. Virgindade. Pouca história para contar. Tantas incompreensões. Família no comando. Nenhum amor. Coração descompromissado.Trocaria meus 28, pelos 14 dele, só porque me vi e porque apaixonei-me pela idéia de ser moleque outra vez.
Olhando os lápis de cor entendo,porque em toda rodinha procuro a perfeita,uma harmônia de vestes,a brancura na pele,os cabelos dourados,o perfume suave,sobrancelhas perfeitas,altura correta.Olhando os lápis de cor entendo,que só o azul é perfeito,e tão amado por mim.
Parágrafo só
Amando você mais que eu vou vivendo um não sei o que e tento a cada segundo enganar meu coração dizendo que deixei de te amar e olho para os lados tentando ver alguém procuro ouvir outras canções pego o microfone e por nove horas fico por lá salvando cantores sem dom e vendo as mesas se desocuparem e novamente se encherem de gente diferente sinal de que posso cantar de novo a música cinco vezes cantada ontem só para por a energia do beijo e do toque que não te dei e todo o amor que tenho aqui embora queira dizer que acabou mas os textos vão me traindo como se existisse um parágrafo só o melhor escrito por você minha vida esse aqui essa história que parece não ter fim
Um grão, só mais um grão...
Era o primeiro contato adulto das duas mãos que na infância, tantas vezes estiveram juntas brincando de namoradinhos...Na praia. Na areia. Eram mais um grão.A dele, acolhendo ela. E não seria necessário sequer um centímetro de corpo a mais, para dizer o lindo sorriso que se formava nos rostos, e a lágrima que caia do olho direito,dele.Sabiam os corações que era um sinal de compromisso que estava nascendo. E que eram o único grão seguro de areia,se podia construir um castelo em cima daquele pequeno grão, mas talvez o tempo, no tempo da união que estava nascendo no toque, e que duraria a vida inteira, nunca mais permitiria que se repetisse o instante.Casais vão virando um grão a mais, sem querer... A força das mãos que antes dizia te seguro para sempre, vão virando liberdade, como se no fundo a voz suave se ouvisse: quero que você cresça, e que meu amor te faça crescer, te inspire, por isso dou-te a liberdade, e não te amarro pelas mãos. Alguns grãos voam, exatamente ao ouvir a voz... A força se perde...Eles eram um grão pequeno, um grão amor, um toque definitivo, um encontro depois de tanta procura e espera.Ficariam sendo grão na vida, até que a vida que é mar os resgatasse.E no mar da vida e que a vida é, o movimento seria incessante.Um leva e trás, uma onda, uma brisa, uma corrente marítima.Mas de vez em quando para que a vida tivesse sabor, uma onda os jogaria na areia, para serem grão de novo, ainda que com menos intensidade, para gozar a alegria - poucas - que muitos chamam de Amor.E recomeçariam tudo, sempre começando pelo toque das mãos.
Desescritos
Escrevia e relia,e relendo não gostava,amassava, rasgava,picotava, mastigava,triturava,mas nunca seriam desescritos,os verbetes saídos,das mãos de quem,amou.
Gargalharia, antes do término de minha vida, um pouquinho antes da partida, revendo o todo, emaranhado de coisas vividas. Morreria sorrindo. Deixando um bilhete ao doutor legista, para que o sorriso, descrito fosse no todo, e à certidão de óbito, fosse anexada uma foto, do pálido sorriso.Previnido, deixaria tudo preparado. O tecido mortuário, substituiria as flores, que não quero por cima de mim, e no linho branco, já amarelado pelo tempo, estaria escrito um poema sem fim. Dois metros e cinqüenta de linho, com linhas escritas por mim, em nanquim, relembrando locais, pessoas, atos, feitos, desfeitos. Um poema que se chamaria minha vida. Longo, longo poema. Deixaria nele revelações, quem não tem algumas, em letra pequena, só para que o caixão estivesse sempre rodeado. Caixão branco, por mim encomendado, forrado de metal, para que eu me consuma por mim mesmo, sem os vermes de outros seres antes enterrados. Criamos nossos próprios bichos. Eles já estão aqui comigo em potência.Se houver uma mulher amada, que eu vá antes, mas que ela não chore. Mas recorde, os momentos de alegria, minhas palhaçadas, tombos e quedas, batidas de cabeça, sorriso amarelo, piadas fora de hora. Que ela se lembre do prazer, e das loucuras na cama, na cozinha, no chuveiro, no..., na...E sua dor se transforme em prazer e carinho, tão devagarinho, que ninguém entenderia o seu riso caladinho, no canto do salão.Se tiver filhos, lembrem-se do super herói, das vezes que quando pequenos, trotraram no cavalo de mentira, que sofria de dor nas costas após. Lembrem-se do peso da minha mão, segurando as suas, e também dos olhares de reprovação, e do tapa, que nunca levaram.Lembrem-se das aulas de filosofia, dos meus textos, de novo da minha mão direita, pegando nas suas, e os ensinando a escrever. Recordem o nome de cada livro que ganharam na vida, cada um que pude ler. Tenham em vista o amor, que viram no seu lar, e de todas as falas, dizendo para que eles disso não venham a sofrer.Os meninos lembrem-se dos papos de homem, das aulas que na teoria os ensinei a dar prazer. As meninas, do cheiro, das roupas, do carinho, para um homem como eu ter.Enfim, carreguem-me. Não se esqueçam que paguei tudo. Ainda deixei bom troco, naquelas contas conjuntas, e também em baixo do colchão.Os netos só se lembrem do avô brincalhão, e nunca da deseducação, por mim gerada. Eu queria mesmo era curtir e ver a cara, dos meus filhos a repetir, tantos nãos.Se não tiver ninguém, nem filhos, nem esposa, nem netos, nem sobrinhos, nem irmãos, pago a um grupo de oração, contribuo com uma instituição qualquer, chamo a banda da polícia militar, pago um coro para cantar as canções de amor, e algumas mulheres para de preto chorar.Carreguem-me, e não se esqueçam (seja lá quem for) da lápide de mármore branco, que foi talhada por mim mesmo, e que diz: Aqui repousam, os restos de um ser, que amou, que ama e que passará seu céu, amando.O meu melhor sorriso, enfim.
Fina Folha
Esconda-te, desfaz teu sorriso, e enfrenta, o vento que a vida manda,com a folha já morta, e seca, diferente da tua vida viva, e molhada,sépia, opaca, alegria acabando,colorido pouco, só o teu olhar, e lábios avermelhados, de uma cor não natural,gerada, quantas passadas, daquele batom que para mim não tem gosto nenhum,eu, que não devia estar neste texto, já que não sou o motivo do teu sorriso desfeito,assopro mais ainda, para ver se a fragilidade da folha,te deixa nua, outra vez.
Ausências...
Falta o apetite, Falta a memória,Falta o sorriso,Falta a vitória,Falta o carinho,Falta a mão,Falta o coração,Falta a alegria,Falta o tesão,Falta a coragem,Falta o amor,Falta a ilusão,Falta o olhar,Falta a visão,Falta o voar,Falta a dança,Falta o cabelo,Falta a voz,Falta...Falta...Falta...Falta...E resta somente algo que não se chama de nome algum que meu vocabulário possa alcançar...
Estações
No outono te amaria, deixando cair de mim todas as neuras, e problemas, para que nos momentos em que em meus braços estivesses, fosse somente sonho. Aquecería-te nas brisas outonais todinhas, porque meus braços, já não rente ao corpo te envolveriam. Quem nos visse invejaria a alegria, de poder ser bem assim, amor.No inverno, bem grudados, com o corpo lado a lado, e um brilho no olhar tão diferente, que o povo diria: Gente! Eles se amam de verdade. Sequer precisaríamos de lareira, elas seriam enfeites pequenos, perto do calor de nossos corpos e dos rostos avermelhados. Seriamos cachecol um do outro, só para poder ser bem assim, amor.Na primavera, as flores nos enfeitariam, elas diriam da beleza do nosso amor para o mundo, e se não ouvissem, receberiam, girassóis, camélias, rosas, margaridas; todo dia, dia a dia, só para ser bem assim, amor.No verão, a praia teria outra cara, pés descalços dentro d'água, caminhada. Mão dadas, roupas poucas, e as marcas para sempre renovadas, apagando o último verão, terrível, que tivemos separados, pés descalços dentro d'água, tão distantes, mas unidos pelo mar. Seria o teu refresco, o teu sopro no pescoço, tua grande piscina, só para combinar com as cores deste teu corpo e ser bem assim, amor.
22.4.06
Sangrando.
Era necessário que o colibri doasse o seu coração à bela rosa que de branca, ficou vermelha pelo sangue que deixou o colibri, ao espetar seu coração no espinho, e cantar bem alto, afim de demonstrar o seu amor. Amou mas morreu, já que vivendo morria de amor.baseado em um conto de Oscar Wilde
...
"O meu único orgasmo é escrever".Se alguém tiver algo melhor para oferecer...
Trocaria...
Trocaria meus 28, pelos 14 dele, só porque me vi... Ou revi o meu rosto de um passado não tão distante.Voz infantil e música. Força que vinha da alma. E a vergonha típica da idade.Pele branca. Rosto recheado. Cabelos compridos. Coragem rompendo barreiras. Olhar brilhante. Ausência de problemas. Virgindade. Pouca história para contar. Tantas incompreensões. Família no comando. Nenhum amor. Coração descompromissado.Trocaria meus 28, pelos 14 dele, só porque me vi e porque apaixonei-me pela idéia de ser moleque outra vez.
Olhando os lápis de cor entendo,porque em toda rodinha procuro a perfeita,uma harmônia de vestes,a brancura na pele,os cabelos dourados,o perfume suave,sobrancelhas perfeitas,altura correta.Olhando os lápis de cor entendo,que só o azul é perfeito,e tão amado por mim.
Parágrafo só
Amando você mais que eu vou vivendo um não sei o que e tento a cada segundo enganar meu coração dizendo que deixei de te amar e olho para os lados tentando ver alguém procuro ouvir outras canções pego o microfone e por nove horas fico por lá salvando cantores sem dom e vendo as mesas se desocuparem e novamente se encherem de gente diferente sinal de que posso cantar de novo a música cinco vezes cantada ontem só para por a energia do beijo e do toque que não te dei e todo o amor que tenho aqui embora queira dizer que acabou mas os textos vão me traindo como se existisse um parágrafo só o melhor escrito por você minha vida esse aqui essa história que parece não ter fim
Um grão, só mais um grão...
Era o primeiro contato adulto das duas mãos que na infância, tantas vezes estiveram juntas brincando de namoradinhos...Na praia. Na areia. Eram mais um grão.A dele, acolhendo ela. E não seria necessário sequer um centímetro de corpo a mais, para dizer o lindo sorriso que se formava nos rostos, e a lágrima que caia do olho direito,dele.Sabiam os corações que era um sinal de compromisso que estava nascendo. E que eram o único grão seguro de areia,se podia construir um castelo em cima daquele pequeno grão, mas talvez o tempo, no tempo da união que estava nascendo no toque, e que duraria a vida inteira, nunca mais permitiria que se repetisse o instante.Casais vão virando um grão a mais, sem querer... A força das mãos que antes dizia te seguro para sempre, vão virando liberdade, como se no fundo a voz suave se ouvisse: quero que você cresça, e que meu amor te faça crescer, te inspire, por isso dou-te a liberdade, e não te amarro pelas mãos. Alguns grãos voam, exatamente ao ouvir a voz... A força se perde...Eles eram um grão pequeno, um grão amor, um toque definitivo, um encontro depois de tanta procura e espera.Ficariam sendo grão na vida, até que a vida que é mar os resgatasse.E no mar da vida e que a vida é, o movimento seria incessante.Um leva e trás, uma onda, uma brisa, uma corrente marítima.Mas de vez em quando para que a vida tivesse sabor, uma onda os jogaria na areia, para serem grão de novo, ainda que com menos intensidade, para gozar a alegria - poucas - que muitos chamam de Amor.E recomeçariam tudo, sempre começando pelo toque das mãos.
Desescritos
Escrevia e relia,e relendo não gostava,amassava, rasgava,picotava, mastigava,triturava,mas nunca seriam desescritos,os verbetes saídos,das mãos de quem,amou.
Muitos outros
25.4.06
Sonhos... Daqueles que acontecem quando dormimos
Não escreveria por hoje. Na verdade a ausência de tempo e o projeto aqui na minha frente, com cara de fragilidade, inacabado, e sem rumo, não deveria estar tão oblíquo aos meus olhos, mas cheguei exausto, de um não sei o que. 14h30, cama. Para só voltar à realidade, por volta das 18 horas.Hoje acordei pela manhã atrasado. O cúmulo do absurdo para quem trabalha somente dois dias na semana. Mas a sensação imediata após o primeiro sorriso, era de que magicamente, alguma coisa foi quebrada na minha alma. Não sei se é um sentimento explicável. Mas algo foi quebrado. Espiritualmente? Talvez. Forças trabalham por mim, isso não seria impossível. Fui trabalhar. Claro que apaguei o compromisso da memória. Mas fui salvo por uma ligação no telefone móvel. Almoçamos. Fazia tempo que não comia tão saborosamente um prato. Tão bem acompanhado também. Risos. Uma ligação inoportuna. Meu bico temporário. Despedida. Metro. Casa. Cama. Talvez só a quebra espiritual fosse a explicação para o meu cansaço.Sem explicações. Sonhei. Segue o Sono. Nos fragmentos, típicos dos meus.Eu, papai, mamãe no carro.Um carro desconhecido e novo.Estrada de terra.Via sem saída.Manobra arriscada do meu pai.Embora eu dissesse o lugar certo.Tombo do carro. Estavamos salvos.Marcha ré íngrime.Subi a rampa.Cheguei a um estacionamento.Casa grande.Um escritório.Os seguranças.Ajudando meu pai.Eu sentado no chão.Com 5 jovens em torno de mim.Conversávamos, tanto.Afinidades.O carro subia em uma espécie de corda.O papo era muito cheio de prazer.Novas amizades.Igreja.Grupo de 300 jovens.Eu no comando.Briga com o velhinho.Falava tudo o que queria.Jovens não viam.Caminhavam para o local mais perto.Crisma.Eu duvidava da minha participação por lá.Não encontrava um paramento.O trânsito nos atrapalhava de chegar.Festa de Casamento.Toda a família lá.Eu em um canto.Conhecia parentes que nunca vi.Tentava me livrar.Desocupava as mãos e não bebia.Não conseguíamos sentar juntos.A comida não rolava.O espaço da festa era uma escola.Juntei todos.Mas sofria por isso.Um cigarro no pátio.Jovens me olhavam.Era como se eu fosse especial.Ou uma presença marcante.Chamava a atenção.Noivos.Comida rolando.Fui embora, porque acordei.Meus sonhos são assim. Fragmentados em cenas, que se estáticas, continuam o enredo. Coloridos, ousados, excêntricos, sem explicação. Mas desse e de tantos outro lembro os detalhes todos. Se algum José do Egito passar por aqui, faço questão que interpréte, e diga verdades núas e cruas, sobre os meus sonhos.
24.4.06
Não troco...
Olhando minha foto de criança,decido continuar como estou,e somente olhar o passado como construção,e como único caminho de crescimento.Talvez escreva tantos textos sobre ela,mas agora fica só o agradecimento,um silencioso carinho, para os seres que me envolveram e fizeram,com que eu crescesse, e chegasse aos meus 28 anos,quase 29 anos de vida.Todos foram importantes, todos, meus pais, que aceitaram a missão de criar, um ser que não geraram,toda a família, e cada apertada em minhas bochechas,as professoras, os vizinhos,a escola, as faculdades,os amigos e ambientes de trabalho,relacionamentos,a amada...Enfim, o agradecimento em palavras, que podiam ser bem melhores, mais profundos, para dizer o quão grande sou agora,assim...... muita coragem, colocar uma foto... mas... do último domingo, de surpresa, com os amigos...
Eu e tú.
Eu contigo,Tu comigo, caminhando onde "tús",transformam-se somente, em "eus".Quando um "eu" começa a existir,não se caminha.Se voa?Se voa!Besteiras de quem está no ônibus, sem nada para fazer.
Innerlichkeit . *
Instruções para a leitura do texto:
1. O Texto é longo.
2. Será melhor aproveitado se lido junto com a música: Less Than a Pearl. Enya. (rádio uol)
3. Acenda um incenso, apague as luzes, e faça a viagem comigo...
4. É um texto só para quem me ama... Exite alguém? Boa Viagem, amigos e amigas.
Entrava ele mesmo pela sua goela abaixo, para ver o que havia em seu interior. A medida de todas as coisas era, ele. E enfiar-se, obrigatoriamente dentro de si, talvez ajudasse a conhecer-se mais.Viu-se em um abismo profundo. Escuridão que só não era total por uma pequena e trêmula luz, longe, muito longe de si.Movimentou-se, para alcançar a luz, mas percebeu que seus pés estavam fincados no solo, passado.Um primeiro desafio. Soltar-se e dar passos. Chorou amargamente, e à medida que as lágrimas escorriam, umedecia o solo, raiz do seu tempo, e os pequenos movimentos começaram a surgir e vagarosamente caminhou, assistindo o passado, tantas cenas, recordações, esquecimentos, tudo lá, e os anos se aproximando-se do hoje.Fechou os olhos, chorou mais, gritou diante de cenas, já que agora era expectador de sua própria vida.Chegou ao seu presente. Virou-se corajosamente, e agora avistava o emaranhado de coisas vividas. Ajoelhou-se, e de joelhos, reverenciou o passado, sua história, sabendo que agora deixava para o passado o seu próprio passado. As lágrimas secaram, embora precisasse ainda chorar. Na boca um gosto amargo se fez.Aproximou-se da luz. Era mais um túnel cumprido que estava diante de si.Atravessou-o, queria entender de onde vinha tanta coragem.Os passos foram dolorosos, mas chegou à luz, e sentiu a leveza, tão logo atravessou o umbral.Uma nova porta era oferecida. Se não ultrapassasse as barreiras do passado, chegaria a lugar desconhecido e se perderia para sempre no nada. Respirou e foi.E sentiu uma nova força e um gosto doce e saboroso nos lábios.Agora via dentro de si um lugar que há muito habitava seus sonhos.Um imenso gramado verde e o campo de girassóis. Aquele lugar existia, ele estava lá.Tirou dos pés as velhas sandálias, e viu seus pés ser recompondo, feridas e calos desfeitos, eram jovens e lindos novamente.Caminhou pela grama úmida, agora não de lágrimas, mas do orvalho da manhã que se fazia. O sol brilhava, tocava a pele, mas não se precisava de proteção alguma.Olhava os girassóis ao longe, e caminhava em rumo aos pequenos caminhos que se faziam entre eles.Pareciam grandes ao longe, mas na verdade, tinham exatos, 1,65 de altura. O tamanho ideal, para que seus 1,78 metros, estivessem um pouco acima, para que se inclinasse e enxergasse toda a beleza.Na entrada do caminho para o qual se dirigira, encontrou uma veste branca e não pensou duas vezes em trocar as negras vestes. Sabia que aquele branco tinha um significado especial. Mas não o significado que todos dão ao branco, tão batido de pureza.Significava simplesmente: o Novo.Despiu-se.Vestiu-se. Aquele tecido leve, lhe garantia liberdade total de movimentos, um frescor e a alegria, inigualável do momento. Um lírio em meio aos girassóis. Cantou o hino que era atribuído ao rei Salomão."Olhai os liros do campo, que não tecem nem fiam, porém nem Salomão, em toda a sua Glória, jamais se vestiu como um deles".Entrou no campo de girassóis e lembrou-se dela. E suplicou mais uma vez por sua felicidade, olhando para o céu, pois queria vê-la bela como um girassol. Rodopiando o seu corpo, para ter sempre a luminosidade na face, e vencer assim, iluminada, todos os desafios da vida.Suspirou.Respirou longamente.Ela era seu passado e seu presente. Mas a dúvida de se ela seria o seu futuro, não mais incomodava.No final do campo, avistou um lugar que por ele estava abandonado há muito tempo.Uma construção pequena, mas sua. Os únicos tijolos que na sua vida eram realmente seus.A aparência de desprezo e abandono o amargurou.Como pode abandonar dentro de si este espaço?Uma limpeza recuperaria a sacralidade do local.Tirou as vestes, limpou exaustivamente cada canto. Cada pequeno canto. Sem deixar vestígios de abandono.Vestiu-se. Era novamente novo.Acendeu todas as velas e abriu a cortina da grade, e elas estavam lá, como sempre, as rezadeiras empenhadas com lâmpadas acesas nas mãos.Em um canto, percebeu o novo lugar marrom. Ele brilhava. Acendeu um incenso de cheiro bom por todo o espaço.Prostrou-se no centro do círculo e por horas a fio, meditou.Nas poucas vezes que abriu os olhos, viu as monjas ainda com velas nas mãos, e o cantinho marrom, mais brilhante do que nunca.No fim de seu êxtase, levantou-se, inclinou-se agradecido, como que fazendo o agradecimento de artistas no palco.Sabia que só tinha meditado o futuro. Livre, realmente livre de todos os seus outros tempos, fazendo assim uma segura projeção.Tudo o que dependia dele, aconteceria. Os outros, não estavam mais em seus planos. Vida Nova.E saiu de seu espaço, alcançando sua vida externa, e sendo saudado por todos os seus amigos, que enchiam sua casa de vida, luz, e alegria.Fazendo o pacto de sempre retornar ao seu interior, agora sem passado. E o passado seria claro, como o presente e o futuro.* Innerlichkeit = Conceito alemão de difícil tradução para outras línguas, do mundo medieval, e sobrevivente até nossos dias, que em português tem com tradução: Interioridade. Para que "interioridade" venha a se desenvolver, é necessário que o indivíduo "se volte para dentro", onde descobre o mundo mais ou menos belo de suas disposições e sentimentos, e ocupe-se disso de modo consciente.
Sonhos... Daqueles que acontecem quando dormimos
Não escreveria por hoje. Na verdade a ausência de tempo e o projeto aqui na minha frente, com cara de fragilidade, inacabado, e sem rumo, não deveria estar tão oblíquo aos meus olhos, mas cheguei exausto, de um não sei o que. 14h30, cama. Para só voltar à realidade, por volta das 18 horas.Hoje acordei pela manhã atrasado. O cúmulo do absurdo para quem trabalha somente dois dias na semana. Mas a sensação imediata após o primeiro sorriso, era de que magicamente, alguma coisa foi quebrada na minha alma. Não sei se é um sentimento explicável. Mas algo foi quebrado. Espiritualmente? Talvez. Forças trabalham por mim, isso não seria impossível. Fui trabalhar. Claro que apaguei o compromisso da memória. Mas fui salvo por uma ligação no telefone móvel. Almoçamos. Fazia tempo que não comia tão saborosamente um prato. Tão bem acompanhado também. Risos. Uma ligação inoportuna. Meu bico temporário. Despedida. Metro. Casa. Cama. Talvez só a quebra espiritual fosse a explicação para o meu cansaço.Sem explicações. Sonhei. Segue o Sono. Nos fragmentos, típicos dos meus.Eu, papai, mamãe no carro.Um carro desconhecido e novo.Estrada de terra.Via sem saída.Manobra arriscada do meu pai.Embora eu dissesse o lugar certo.Tombo do carro. Estavamos salvos.Marcha ré íngrime.Subi a rampa.Cheguei a um estacionamento.Casa grande.Um escritório.Os seguranças.Ajudando meu pai.Eu sentado no chão.Com 5 jovens em torno de mim.Conversávamos, tanto.Afinidades.O carro subia em uma espécie de corda.O papo era muito cheio de prazer.Novas amizades.Igreja.Grupo de 300 jovens.Eu no comando.Briga com o velhinho.Falava tudo o que queria.Jovens não viam.Caminhavam para o local mais perto.Crisma.Eu duvidava da minha participação por lá.Não encontrava um paramento.O trânsito nos atrapalhava de chegar.Festa de Casamento.Toda a família lá.Eu em um canto.Conhecia parentes que nunca vi.Tentava me livrar.Desocupava as mãos e não bebia.Não conseguíamos sentar juntos.A comida não rolava.O espaço da festa era uma escola.Juntei todos.Mas sofria por isso.Um cigarro no pátio.Jovens me olhavam.Era como se eu fosse especial.Ou uma presença marcante.Chamava a atenção.Noivos.Comida rolando.Fui embora, porque acordei.Meus sonhos são assim. Fragmentados em cenas, que se estáticas, continuam o enredo. Coloridos, ousados, excêntricos, sem explicação. Mas desse e de tantos outro lembro os detalhes todos. Se algum José do Egito passar por aqui, faço questão que interpréte, e diga verdades núas e cruas, sobre os meus sonhos.
24.4.06
Não troco...
Olhando minha foto de criança,decido continuar como estou,e somente olhar o passado como construção,e como único caminho de crescimento.Talvez escreva tantos textos sobre ela,mas agora fica só o agradecimento,um silencioso carinho, para os seres que me envolveram e fizeram,com que eu crescesse, e chegasse aos meus 28 anos,quase 29 anos de vida.Todos foram importantes, todos, meus pais, que aceitaram a missão de criar, um ser que não geraram,toda a família, e cada apertada em minhas bochechas,as professoras, os vizinhos,a escola, as faculdades,os amigos e ambientes de trabalho,relacionamentos,a amada...Enfim, o agradecimento em palavras, que podiam ser bem melhores, mais profundos, para dizer o quão grande sou agora,assim...... muita coragem, colocar uma foto... mas... do último domingo, de surpresa, com os amigos...
Eu e tú.
Eu contigo,Tu comigo, caminhando onde "tús",transformam-se somente, em "eus".Quando um "eu" começa a existir,não se caminha.Se voa?Se voa!Besteiras de quem está no ônibus, sem nada para fazer.
Innerlichkeit . *
Instruções para a leitura do texto:
1. O Texto é longo.
2. Será melhor aproveitado se lido junto com a música: Less Than a Pearl. Enya. (rádio uol)
3. Acenda um incenso, apague as luzes, e faça a viagem comigo...
4. É um texto só para quem me ama... Exite alguém? Boa Viagem, amigos e amigas.
Entrava ele mesmo pela sua goela abaixo, para ver o que havia em seu interior. A medida de todas as coisas era, ele. E enfiar-se, obrigatoriamente dentro de si, talvez ajudasse a conhecer-se mais.Viu-se em um abismo profundo. Escuridão que só não era total por uma pequena e trêmula luz, longe, muito longe de si.Movimentou-se, para alcançar a luz, mas percebeu que seus pés estavam fincados no solo, passado.Um primeiro desafio. Soltar-se e dar passos. Chorou amargamente, e à medida que as lágrimas escorriam, umedecia o solo, raiz do seu tempo, e os pequenos movimentos começaram a surgir e vagarosamente caminhou, assistindo o passado, tantas cenas, recordações, esquecimentos, tudo lá, e os anos se aproximando-se do hoje.Fechou os olhos, chorou mais, gritou diante de cenas, já que agora era expectador de sua própria vida.Chegou ao seu presente. Virou-se corajosamente, e agora avistava o emaranhado de coisas vividas. Ajoelhou-se, e de joelhos, reverenciou o passado, sua história, sabendo que agora deixava para o passado o seu próprio passado. As lágrimas secaram, embora precisasse ainda chorar. Na boca um gosto amargo se fez.Aproximou-se da luz. Era mais um túnel cumprido que estava diante de si.Atravessou-o, queria entender de onde vinha tanta coragem.Os passos foram dolorosos, mas chegou à luz, e sentiu a leveza, tão logo atravessou o umbral.Uma nova porta era oferecida. Se não ultrapassasse as barreiras do passado, chegaria a lugar desconhecido e se perderia para sempre no nada. Respirou e foi.E sentiu uma nova força e um gosto doce e saboroso nos lábios.Agora via dentro de si um lugar que há muito habitava seus sonhos.Um imenso gramado verde e o campo de girassóis. Aquele lugar existia, ele estava lá.Tirou dos pés as velhas sandálias, e viu seus pés ser recompondo, feridas e calos desfeitos, eram jovens e lindos novamente.Caminhou pela grama úmida, agora não de lágrimas, mas do orvalho da manhã que se fazia. O sol brilhava, tocava a pele, mas não se precisava de proteção alguma.Olhava os girassóis ao longe, e caminhava em rumo aos pequenos caminhos que se faziam entre eles.Pareciam grandes ao longe, mas na verdade, tinham exatos, 1,65 de altura. O tamanho ideal, para que seus 1,78 metros, estivessem um pouco acima, para que se inclinasse e enxergasse toda a beleza.Na entrada do caminho para o qual se dirigira, encontrou uma veste branca e não pensou duas vezes em trocar as negras vestes. Sabia que aquele branco tinha um significado especial. Mas não o significado que todos dão ao branco, tão batido de pureza.Significava simplesmente: o Novo.Despiu-se.Vestiu-se. Aquele tecido leve, lhe garantia liberdade total de movimentos, um frescor e a alegria, inigualável do momento. Um lírio em meio aos girassóis. Cantou o hino que era atribuído ao rei Salomão."Olhai os liros do campo, que não tecem nem fiam, porém nem Salomão, em toda a sua Glória, jamais se vestiu como um deles".Entrou no campo de girassóis e lembrou-se dela. E suplicou mais uma vez por sua felicidade, olhando para o céu, pois queria vê-la bela como um girassol. Rodopiando o seu corpo, para ter sempre a luminosidade na face, e vencer assim, iluminada, todos os desafios da vida.Suspirou.Respirou longamente.Ela era seu passado e seu presente. Mas a dúvida de se ela seria o seu futuro, não mais incomodava.No final do campo, avistou um lugar que por ele estava abandonado há muito tempo.Uma construção pequena, mas sua. Os únicos tijolos que na sua vida eram realmente seus.A aparência de desprezo e abandono o amargurou.Como pode abandonar dentro de si este espaço?Uma limpeza recuperaria a sacralidade do local.Tirou as vestes, limpou exaustivamente cada canto. Cada pequeno canto. Sem deixar vestígios de abandono.Vestiu-se. Era novamente novo.Acendeu todas as velas e abriu a cortina da grade, e elas estavam lá, como sempre, as rezadeiras empenhadas com lâmpadas acesas nas mãos.Em um canto, percebeu o novo lugar marrom. Ele brilhava. Acendeu um incenso de cheiro bom por todo o espaço.Prostrou-se no centro do círculo e por horas a fio, meditou.Nas poucas vezes que abriu os olhos, viu as monjas ainda com velas nas mãos, e o cantinho marrom, mais brilhante do que nunca.No fim de seu êxtase, levantou-se, inclinou-se agradecido, como que fazendo o agradecimento de artistas no palco.Sabia que só tinha meditado o futuro. Livre, realmente livre de todos os seus outros tempos, fazendo assim uma segura projeção.Tudo o que dependia dele, aconteceria. Os outros, não estavam mais em seus planos. Vida Nova.E saiu de seu espaço, alcançando sua vida externa, e sendo saudado por todos os seus amigos, que enchiam sua casa de vida, luz, e alegria.Fazendo o pacto de sempre retornar ao seu interior, agora sem passado. E o passado seria claro, como o presente e o futuro.* Innerlichkeit = Conceito alemão de difícil tradução para outras línguas, do mundo medieval, e sobrevivente até nossos dias, que em português tem com tradução: Interioridade. Para que "interioridade" venha a se desenvolver, é necessário que o indivíduo "se volte para dentro", onde descobre o mundo mais ou menos belo de suas disposições e sentimentos, e ocupe-se disso de modo consciente.
Dona Flor e seus Dois Maridos
Dona Flor tem dois maridos, por que assim não poderia ser?
Porque homem nunca, nunca, completo diante de uma mulher, vai ser.
Um chegava de mansinho, outro gritando meu amor.
Um a enchia de lirismo, outro chamava-a de puta, sem pudor.
Um masturbava-a num cantinho, outro masturbava o seu ser.
Um a enchia de flores, outro sabia a hora da porrada.
Um cantava no ouvidinho, ou outro a fazia de escrava.
Um sabia a hora certa,outro nem queria saber a hora.
Um pagava as contas todas, o outro a explorava.
Um aparecia todo dia, o outro na hora do tesão.
Um boca no guardanapo,o outro arroto, cuspida no chão.
Um não olhava nem para o lado,
o outro pagava de garanhão.
Um adivinhava, ela está com problema,
o outro acabava na cama com o dilema.
Um fazia amor silêncioso,
o outro sexo selvagem.
Um comia garfo e faca, o outro metia a mão na carne.
Um queria três crianças, o outro só queria malandragem.
Um respeitava o fluxo, o outro queria-o todinho.
Um levantava a tampa da privada, o outro, mirava lá e no chão.
Um lia poemas no leito, o outro assistia pornografias sorrindo.
Um levava-a aos jantares, o outro a fazia sentir fome.
Um paletó e gravata, outro bermuda, e chinelão.
Um a fazia sentir uma brisa,
o outro, raios, chuvas, tempestades.
Um na mesma posição,
o outro cama, chuveiro e chão.
Um rezava de mãos dadas, o outro infernizava a amada.
Um com mãos finas e crina penteada,
o outro mãos ásperas tocando a cintura, cabelo raspado então.
Um ligava, quero te ver,o outro dizia canalha: vadia, vou te fuder.
E a Flor se completava, tinha em si duas verdades, queria ser amada por inteiro, nunca pelas metades, tinha a santidade e a vulgaridade dentro de si. Realizava as fantasias todas, de ser dona de casa, respeitosa, e de gemer como uma louca no cio.Era completa e quando descia a ladeira sorrindo, era invejada, por andar dormindo, com dois homens que formavam um completo e inexistente ser.E não raro se gritava: Lá vai o Brasil, na Brasileira, descendo a ladeira, ladeira.
Porque homem nunca, nunca, completo diante de uma mulher, vai ser.
Um chegava de mansinho, outro gritando meu amor.
Um a enchia de lirismo, outro chamava-a de puta, sem pudor.
Um masturbava-a num cantinho, outro masturbava o seu ser.
Um a enchia de flores, outro sabia a hora da porrada.
Um cantava no ouvidinho, ou outro a fazia de escrava.
Um sabia a hora certa,outro nem queria saber a hora.
Um pagava as contas todas, o outro a explorava.
Um aparecia todo dia, o outro na hora do tesão.
Um boca no guardanapo,o outro arroto, cuspida no chão.
Um não olhava nem para o lado,
o outro pagava de garanhão.
Um adivinhava, ela está com problema,
o outro acabava na cama com o dilema.
Um fazia amor silêncioso,
o outro sexo selvagem.
Um comia garfo e faca, o outro metia a mão na carne.
Um queria três crianças, o outro só queria malandragem.
Um respeitava o fluxo, o outro queria-o todinho.
Um levantava a tampa da privada, o outro, mirava lá e no chão.
Um lia poemas no leito, o outro assistia pornografias sorrindo.
Um levava-a aos jantares, o outro a fazia sentir fome.
Um paletó e gravata, outro bermuda, e chinelão.
Um a fazia sentir uma brisa,
o outro, raios, chuvas, tempestades.
Um na mesma posição,
o outro cama, chuveiro e chão.
Um rezava de mãos dadas, o outro infernizava a amada.
Um com mãos finas e crina penteada,
o outro mãos ásperas tocando a cintura, cabelo raspado então.
Um ligava, quero te ver,o outro dizia canalha: vadia, vou te fuder.
E a Flor se completava, tinha em si duas verdades, queria ser amada por inteiro, nunca pelas metades, tinha a santidade e a vulgaridade dentro de si. Realizava as fantasias todas, de ser dona de casa, respeitosa, e de gemer como uma louca no cio.Era completa e quando descia a ladeira sorrindo, era invejada, por andar dormindo, com dois homens que formavam um completo e inexistente ser.E não raro se gritava: Lá vai o Brasil, na Brasileira, descendo a ladeira, ladeira.
Muitos do passado
30.4.06
Constatações do último texto de Abril...
Nesses seis meses dessa história nossa, que é tão só minha, a alegria de palavras trocadas e do meu tempo,ainda parado,mas que não espera.Gosto de você exclamativa assim,mas talvez me engane em relação,aos sentimentos,mas espero que o seu sorriso, seja sempre assim, exclamativo.Tanto, tanto, que tiraria da minha marca,as interrogações e as reticências,só para preencher,o lugar deixado por exclamações,sem fim...O que era só uma frase, virou sei lá o que, só para marcar a data, tão feliz, que me fez viver novamente,embora eu prometa sempre para mim mesmo,não mais viver de amor.
Cantando a vida.
Agora eu canto. Sento em um lugar qualquer e canto. Uma música que se chama vida.Música com final determinado. Estou morrendo. E os cantos futuros que minha voz já passada cantará, não se podem, ouvir...Agora eu canto.Fui mulher muito cedo, forçadamente.Ninguém perguntou se eu queria ou não ser mulher. A grosseria abriu minha alma, e partiu-me em duas. Lágrimas nem eram necessárias. Duas somente. Para marcar a minha história de uma vez por todas.Depois que fiquei mulher. Nunca senti o que chamavam prazer. Amor? Passou longe de mim.Tive todos os homens que queria. Bastava um sinal. Era uma mulher linda. Elegante, alta, e bem cuidada.Algumas me chamavam: Puta. Eu sabia que era inveja. Nenhuma das mulheres da minha vizinhança era atendida por um sinal. Não tive filhos. Graças a Deus. Cheguei a pensar em ter algum fedelho. Mas não. Queria a minha liberdade inteira. Ser livre, foi a melhor coisa que fiz. Por isso hoje canto.Propostas de casamentos, não faltaram... Nãos, também não.Cama e adeus.Oi e cama.Mas nada mais sério que isso.Até que cheguei a conclusão de que não queria cama. Não sentia prazer. Quer cama? O não trocou de lugar, e sempre andava sozinho, em uma frase de uma palavra só e monosílabica.Tinha uma vida, simples e completa.Sem televisão, em um apartamento que recebi de herança, geladeira farta de besteiras, jornais chegando todos os dias e amontoados em um canto, de minha sala, trinta anos sem nova pintura, um gato, tão velho e preguiçoso quanto eu, telefone daqueles que rodamos o dedo, banheiro com bidê... Tudo simples, simples, e sem necessidade de limpezas profundas. Uma vez por mês, uma Maria qualquer aparecia e reclamava o dia inteiro para as paredes, já que eu saia, rapidamente, sem cumprimentar, deixando o dinheiro, em um envelope por lá.Voltava tarde, e para mim, tudo estava na mesma...Não amava nem odiava minha casa. Mas não usava a palavra: lar.Na verdade fugi toda a minha vida de sentimentalismos baratos, de amores, de sorrisos, de piedades.Nunca frequentei médicos. Medicava-me sozinha. Chás, comprimidos, novidades das drogarias.Talvez por isso dores fugiam de mim.Só sentia que meus passos estavam lentos, e já contava até seis para levantar.Minhas contas de telefone, sempre zeradas. Ninguém me ligava, e raramente atendia um engano, nunca sendo simpática.Frequentava a praia. A mesma barraca de frutas. O mesmo restaurante. O mesmo supermercado. A mesma compra sempre. Um bom termo para resumir minha vida, que agora se acaba, e agora eu canto...Canto o mesmo canto. Nesta vida mesma. Que terá o mesmo fim. Que a vida de qualquer ser. Estou indo, e que fiquem na mesma vida, aqueles que viverão ainda.Cuidem do gato... Há, o nome dele? Gato. Ou mesminho, única fórmula de carinho que eu mesma criei.Adeus, mesmice.
29.4.06
Papai
Hoje vagarosamente, ajoelhei-me no nada, na barriga imaginária da amada, para cantar os cantos todos que conhecia, diante da criança que um dia, chamaria estridente e de alta voz,ao invés de meu nome e título, a doce palavra:Pai.Vontade de ser pai passa?Responda-me, o meu coração agora é preso a esta amargura...
Coisas da Língua....
Loirava, morenava, ruivava, negrava,brasileirava, europeizava, africava, asiaticava,só porque queria fazer de adjetivos,verbos,já que o verbo em sí, AMAR,nunca conseguia afirmativamente,conjugar.
Constatações.
Lembro de você tão menos agora,(dando o braço a torcer)comprovando a sua tática certa,chamada cruelmente de,distância.E se a dilatação também de certa forma,me envolve,talvez nem pelos mesmos caminhos, passemos...Mas algumas horas do dia, são fatais para o coração,(ainda bem que nem te dei um beijo)como a noite, vazia diante do computador sem dizer,oi!!!Abrir a carteira é um problema,nela está escrito por mim o poema, que tirou lágrimas dos meus olhos,e me fez sorrir,gratidão e eternidade.Como eu errei...Fui, e você nem percebeu,outro, sempre que estava diante,de você,fazendo gestos, poses, atos, que não fazem parte de meu cotidiano,um erro.Quanto esforço,mas o amor,tudo recompensa.E o seu nome que meus amigos decoraram,serve agora para que perguntem de você,eles trazem a lembrança ao coração, durante o dia, em momentos que me distraia, tirando minha atenção,deste amor.Ou a música que o dedo tenta não clicar, no meu pc,e o vento, e o vôo, e a dança,são você.Fora isso, o teu o colorido vai se apagando, mas resta o carinho,naquele lugar que repito,é todo marrom,para que o azul celeste de teus olhos,eternos,fiquem sempre resguardados na memória,deste tolo, que te amou, te ama, e não sabe o que acontecerá,amanhã.
27.4.06
Até Pensei - Chico Buarque - Letra e Composição...
Junto à minha rua havia um bosque Que um muro alto proibia Lá todo balão caia, toda maçã nascia E o dono do bosque nem via Do lado de lá tanta aventura E eu a espreitar na noite escura A dedilhar essa modinha A felicidade morava tão vizinha Que, de tolo, até pensei que fosse minha Junto a mim morava a minha amada Com olhos claros como o dia Lá o meu olhar vivia De sonho e fantasia E a dona dos olhos nem via Do lado de lá tanta ventura E eu a esperar pela ternura Que a enganar nunca me vinha Eu andava pobre, tão pobre de carinho Que, de tolo, até pensei que fosses minha Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
Siga as instruções...
LEIA FRENETICAMENTE.Lembra quando a gente gritava derrepente: mãe acabei?Lembra quando a gente sentava no balance e balançava e parecia ser dono do mundo?Lembra da mão do seu pai na sua a te ensinar o caminho da vida?Lembra da escola, das professoras, do cheiro de toddy morno na hora do lanche?Lembra da perua escolar, da vovó e do vovô, e dos apertos na bochecha?Lembra da primeira namorada, do primeiro beijo, do coração de criança apavorada?Lembra quando você se perdeu no supermercado tão pequeno e chorou, dando a mão a um desconhecido qualquer, para que ele ajudasse a achar a mamãe?Lembra quando a mãe gritava: para de brincar e vem comer?Lembra do seu nome exclamado e da sensação de fracasso quando te chamavam no meio da brincadeira para tomar banho?Lembra do primeiro choque na tomada?Lembra dos aniversários cheios de crianças que queriam estar no seu lugar, mesmo que tivessem acabado de fazer aniversário outro dia?Lembra da adolescência e da curiosidade de saber o que as amigas tinham por debaixo da roupa?Lembra do toque, do sorriso, da vontade de chorar, da música que era dedicada a ela, da televisão ligada, da nota vermelha, da suspensão, do braço quebrado, da bicicleta, e dos passeios às escondidas?LEIA VAGAROSAMENTE:P O S S O T E D I Z E R U M A C O I S A?A C A B O U
Só sou.
No sol, no frio,no vento, na chuva,na neve, no raio, solidão.Eu sozinho aqui,esperando,o inesperado da vida,cumprindo minha função,de estar, e ser, solidão.Ainda bem que não tenho,coração de gente,porque assim, somente,a solidão eu não,sofro.Sou somente banco,longe de mim ser gente,e vir em estado deprimente,me alojar aqui,fingindo ter braços,um ser, banco, que sequer tem, coração.
26.4.06
Realidade do poeta...
É na hora da cama, que o lirismo de um poeta, se manifesta, e as mãos que escreveram, se tornam mãos que tocam,as curvas todas, de uma mulher, para fazer-se ouvir nos gemidos, a verdadeira poesia de um,ser.Maldito teste que nos faz tão pequenos. Se não sou bom amante, toda a poesia, o lirismo, as inspirações, torna-me mais um...
Constatações do último texto de Abril...
Nesses seis meses dessa história nossa, que é tão só minha, a alegria de palavras trocadas e do meu tempo,ainda parado,mas que não espera.Gosto de você exclamativa assim,mas talvez me engane em relação,aos sentimentos,mas espero que o seu sorriso, seja sempre assim, exclamativo.Tanto, tanto, que tiraria da minha marca,as interrogações e as reticências,só para preencher,o lugar deixado por exclamações,sem fim...O que era só uma frase, virou sei lá o que, só para marcar a data, tão feliz, que me fez viver novamente,embora eu prometa sempre para mim mesmo,não mais viver de amor.
Cantando a vida.
Agora eu canto. Sento em um lugar qualquer e canto. Uma música que se chama vida.Música com final determinado. Estou morrendo. E os cantos futuros que minha voz já passada cantará, não se podem, ouvir...Agora eu canto.Fui mulher muito cedo, forçadamente.Ninguém perguntou se eu queria ou não ser mulher. A grosseria abriu minha alma, e partiu-me em duas. Lágrimas nem eram necessárias. Duas somente. Para marcar a minha história de uma vez por todas.Depois que fiquei mulher. Nunca senti o que chamavam prazer. Amor? Passou longe de mim.Tive todos os homens que queria. Bastava um sinal. Era uma mulher linda. Elegante, alta, e bem cuidada.Algumas me chamavam: Puta. Eu sabia que era inveja. Nenhuma das mulheres da minha vizinhança era atendida por um sinal. Não tive filhos. Graças a Deus. Cheguei a pensar em ter algum fedelho. Mas não. Queria a minha liberdade inteira. Ser livre, foi a melhor coisa que fiz. Por isso hoje canto.Propostas de casamentos, não faltaram... Nãos, também não.Cama e adeus.Oi e cama.Mas nada mais sério que isso.Até que cheguei a conclusão de que não queria cama. Não sentia prazer. Quer cama? O não trocou de lugar, e sempre andava sozinho, em uma frase de uma palavra só e monosílabica.Tinha uma vida, simples e completa.Sem televisão, em um apartamento que recebi de herança, geladeira farta de besteiras, jornais chegando todos os dias e amontoados em um canto, de minha sala, trinta anos sem nova pintura, um gato, tão velho e preguiçoso quanto eu, telefone daqueles que rodamos o dedo, banheiro com bidê... Tudo simples, simples, e sem necessidade de limpezas profundas. Uma vez por mês, uma Maria qualquer aparecia e reclamava o dia inteiro para as paredes, já que eu saia, rapidamente, sem cumprimentar, deixando o dinheiro, em um envelope por lá.Voltava tarde, e para mim, tudo estava na mesma...Não amava nem odiava minha casa. Mas não usava a palavra: lar.Na verdade fugi toda a minha vida de sentimentalismos baratos, de amores, de sorrisos, de piedades.Nunca frequentei médicos. Medicava-me sozinha. Chás, comprimidos, novidades das drogarias.Talvez por isso dores fugiam de mim.Só sentia que meus passos estavam lentos, e já contava até seis para levantar.Minhas contas de telefone, sempre zeradas. Ninguém me ligava, e raramente atendia um engano, nunca sendo simpática.Frequentava a praia. A mesma barraca de frutas. O mesmo restaurante. O mesmo supermercado. A mesma compra sempre. Um bom termo para resumir minha vida, que agora se acaba, e agora eu canto...Canto o mesmo canto. Nesta vida mesma. Que terá o mesmo fim. Que a vida de qualquer ser. Estou indo, e que fiquem na mesma vida, aqueles que viverão ainda.Cuidem do gato... Há, o nome dele? Gato. Ou mesminho, única fórmula de carinho que eu mesma criei.Adeus, mesmice.
29.4.06
Papai
Hoje vagarosamente, ajoelhei-me no nada, na barriga imaginária da amada, para cantar os cantos todos que conhecia, diante da criança que um dia, chamaria estridente e de alta voz,ao invés de meu nome e título, a doce palavra:Pai.Vontade de ser pai passa?Responda-me, o meu coração agora é preso a esta amargura...
Coisas da Língua....
Loirava, morenava, ruivava, negrava,brasileirava, europeizava, africava, asiaticava,só porque queria fazer de adjetivos,verbos,já que o verbo em sí, AMAR,nunca conseguia afirmativamente,conjugar.
Constatações.
Lembro de você tão menos agora,(dando o braço a torcer)comprovando a sua tática certa,chamada cruelmente de,distância.E se a dilatação também de certa forma,me envolve,talvez nem pelos mesmos caminhos, passemos...Mas algumas horas do dia, são fatais para o coração,(ainda bem que nem te dei um beijo)como a noite, vazia diante do computador sem dizer,oi!!!Abrir a carteira é um problema,nela está escrito por mim o poema, que tirou lágrimas dos meus olhos,e me fez sorrir,gratidão e eternidade.Como eu errei...Fui, e você nem percebeu,outro, sempre que estava diante,de você,fazendo gestos, poses, atos, que não fazem parte de meu cotidiano,um erro.Quanto esforço,mas o amor,tudo recompensa.E o seu nome que meus amigos decoraram,serve agora para que perguntem de você,eles trazem a lembrança ao coração, durante o dia, em momentos que me distraia, tirando minha atenção,deste amor.Ou a música que o dedo tenta não clicar, no meu pc,e o vento, e o vôo, e a dança,são você.Fora isso, o teu o colorido vai se apagando, mas resta o carinho,naquele lugar que repito,é todo marrom,para que o azul celeste de teus olhos,eternos,fiquem sempre resguardados na memória,deste tolo, que te amou, te ama, e não sabe o que acontecerá,amanhã.
27.4.06
Até Pensei - Chico Buarque - Letra e Composição...
Junto à minha rua havia um bosque Que um muro alto proibia Lá todo balão caia, toda maçã nascia E o dono do bosque nem via Do lado de lá tanta aventura E eu a espreitar na noite escura A dedilhar essa modinha A felicidade morava tão vizinha Que, de tolo, até pensei que fosse minha Junto a mim morava a minha amada Com olhos claros como o dia Lá o meu olhar vivia De sonho e fantasia E a dona dos olhos nem via Do lado de lá tanta ventura E eu a esperar pela ternura Que a enganar nunca me vinha Eu andava pobre, tão pobre de carinho Que, de tolo, até pensei que fosses minha Toda a dor da vida me ensinou essa modinha
Siga as instruções...
LEIA FRENETICAMENTE.Lembra quando a gente gritava derrepente: mãe acabei?Lembra quando a gente sentava no balance e balançava e parecia ser dono do mundo?Lembra da mão do seu pai na sua a te ensinar o caminho da vida?Lembra da escola, das professoras, do cheiro de toddy morno na hora do lanche?Lembra da perua escolar, da vovó e do vovô, e dos apertos na bochecha?Lembra da primeira namorada, do primeiro beijo, do coração de criança apavorada?Lembra quando você se perdeu no supermercado tão pequeno e chorou, dando a mão a um desconhecido qualquer, para que ele ajudasse a achar a mamãe?Lembra quando a mãe gritava: para de brincar e vem comer?Lembra do seu nome exclamado e da sensação de fracasso quando te chamavam no meio da brincadeira para tomar banho?Lembra do primeiro choque na tomada?Lembra dos aniversários cheios de crianças que queriam estar no seu lugar, mesmo que tivessem acabado de fazer aniversário outro dia?Lembra da adolescência e da curiosidade de saber o que as amigas tinham por debaixo da roupa?Lembra do toque, do sorriso, da vontade de chorar, da música que era dedicada a ela, da televisão ligada, da nota vermelha, da suspensão, do braço quebrado, da bicicleta, e dos passeios às escondidas?LEIA VAGAROSAMENTE:P O S S O T E D I Z E R U M A C O I S A?A C A B O U
Só sou.
No sol, no frio,no vento, na chuva,na neve, no raio, solidão.Eu sozinho aqui,esperando,o inesperado da vida,cumprindo minha função,de estar, e ser, solidão.Ainda bem que não tenho,coração de gente,porque assim, somente,a solidão eu não,sofro.Sou somente banco,longe de mim ser gente,e vir em estado deprimente,me alojar aqui,fingindo ter braços,um ser, banco, que sequer tem, coração.
26.4.06
Realidade do poeta...
É na hora da cama, que o lirismo de um poeta, se manifesta, e as mãos que escreveram, se tornam mãos que tocam,as curvas todas, de uma mulher, para fazer-se ouvir nos gemidos, a verdadeira poesia de um,ser.Maldito teste que nos faz tão pequenos. Se não sou bom amante, toda a poesia, o lirismo, as inspirações, torna-me mais um...
mercoledì, luglio 04, 2007
Séria óbvio dizer: sombras
Fez-se a calmaria em um instante,
como se o tempo parasse para:
ver, ouvir e tocar...
Espelhou-se no asfalto,
a alegria de poder ver:
alegria, juventude e amor...
Então o calado fala em um tempo,
infinitamente como se fosse o último tempo:
para expor o que já não pode dizer....
Quase o sol já ia embora,
e o calor se quase era frio:
não havia rima, palavra ou...
Linha
Imaginei uma linha: do tempo,
então percebi que era ela: das mãos,
e nunca avisaram que são seis,
então?
...cabeça-união-profissão-sucesso-saúde-coração...
Atou-se um nó!!!
então percebi que era ela: das mãos,
e nunca avisaram que são seis,
então?
...cabeça-união-profissão-sucesso-saúde-coração...
Atou-se um nó!!!
venerdì, aprile 20, 2007
Silêncio, por favor.
Entre as últimas leituras que chegaram sorrateiramente e furaram a fila inúmera dos livros que ficam olhando para mim em frente à escrivaninha, o livro “Silêncio, por favor.”, acabou tomando a minha atenção pelo menos por três horas completas.
Sou professor, já sabem, e eu cheguei a conclusão outro dia, que na verdade sou pago para pedir silêncio, algumas vezes com toda educação do mundo, e em outras, gritando... Será que funciona gritar por silêncio?
A melhor das comprovações é que o silêncio que peço é em vão. Os alunos sempre serão ruidosos, pois estão em um mundo de ruídos.
Assim, ruído atrai ruído.
E nem nosso mundo... Diferentemente do mundo Antigo, da Idade Média, Moderna... Nosso mundo contemporâneo é repleto de ruídos. Benditas máquinas que nos impedem de ouvir os pássaros, o vento, a chuva ou até os ruídos das crianças brincando nas praças, parques...
Para nos protegermos dos ruídos, acreditem, acabamos por produzir mais ruídos. É necessário então, para esta proteção, correr e ao chegar em casa ligar no último volume a televisão, o som, ou a fonte artificial que produz o barulho da água corrente.
Mas não esqueça... São ruídos... E eles logo serão interrompidos por um grito desvairado de um vizinho, pelo carro que passa vendendo frutas, por um outro que quer que gostemos de sua música alta.
Silêncio, por favor.
Como se para esta produção o mundo fosse parar só para eu escutar, algo que nem sei como é... O Silêncio.
lunedì, aprile 16, 2007
Vida Nova
Agora percebia que a história, era realmente pêndulo... Então arrancou-o do relógio "vida", para que o mesmo trabalhasse eternamente estacionado neste ponto. Como bom ser humano alargava a hipótese, de renovadas horas de alegria. Dia e Noite, Noite e Dia. Sol de inverno que sempre mais o agradaria.
Medos todos deixados ao léo, passados de ontem, distantes... Fez-se em palavras um imenso gigante, estremecendo a terra, um passo por vez.
Entendeu que não era fácil ser gente, em um mundo que gira desde cada umbigo, e roda que era para ser gigante, é somente um gira-gira constante.
Com máscara de gente de verdade, não correrá jamais atrás de sua sombra, trabalho inútil de trinta voltas escuras.
Brilhava o rosto, não mais que o olhar, em um céu brilhante de impressionar, aquele que de Zé, nenhum vai poder chamar.
giovedì, marzo 01, 2007
Ausência
Quero chamar esta fase,
ausência,
já que os textos,
por nada chegam,
aos dedos de quem
tecla outras coisas,
compromissos...
Ausência agora,
é felicidade,
de quem tem tudo,
sonha pouco,
enfrenta problemas mínimos,
sorrindo...
Minha felicidade é sorriso,
poucas letras,
em uma palavra que é
anseio de nosso tempo,
felicidade.
ausência,
já que os textos,
por nada chegam,
aos dedos de quem
tecla outras coisas,
compromissos...
Ausência agora,
é felicidade,
de quem tem tudo,
sonha pouco,
enfrenta problemas mínimos,
sorrindo...
Minha felicidade é sorriso,
poucas letras,
em uma palavra que é
anseio de nosso tempo,
felicidade.
venerdì, febbraio 02, 2007
Saudade
saudade,
Sentimento que por poucas tive,
invade,
E agora torna-se latente,
o peito,
Fazendo de você uma miragem,
acelerando,
Que com uma mão se alcança,
a vontade,
O teu conteúdo inteiro,
do abraço,
E dos pequenos detalhes do corpo.
teu.
Sentimento que por poucas tive,
invade,
E agora torna-se latente,
o peito,
Fazendo de você uma miragem,
acelerando,
Que com uma mão se alcança,
a vontade,
O teu conteúdo inteiro,
do abraço,
E dos pequenos detalhes do corpo.
teu.
Mistureba...
Minha cabeça seletiva,
parece que convida,
a esquecer,
isto ou aquilo.
Como se num estante o raio viesse,
e o apuro chegasse em um instante.
Agora que parece tarde,
corro até a margem da vida,
grito pelo caminho,
usando os pequenos fragmentos de ar que restam.
Tarde nunca será,
para quem é herói...
parece que convida,
a esquecer,
isto ou aquilo.
Como se num estante o raio viesse,
e o apuro chegasse em um instante.
Agora que parece tarde,
corro até a margem da vida,
grito pelo caminho,
usando os pequenos fragmentos de ar que restam.
Tarde nunca será,
para quem é herói...
martedì, gennaio 30, 2007
Foi... Ficou...
E foi Elvira pelo caminho desconhecido, depois de uma estrada longa...
Foi, mais ficou...
E se quisermos vê-la, basta fechar os olhos, se as lágrimas ou o ardor permitirem, mas talvez o riso venha primeiro e confunda as sensações todas. Ela nos confundia.
Chegavamos mansos, preocupados em trazer alegria ao seu dia, mas ela acabava por nos animar...
Escondia do rosto o sofrimento. Lutava resignada. Mostrando que dor não mata. Vencedora.
Tinha escondidinho um motivo para luta, sua cria.
Tanto a quer bem, que fugi da sua presença. Receando encontrar uma moça fraca diante da morte.
Meus olhos se abriram, quando meu nome foi dito, e o abraço dado.
E foi Elvira pelo caminho desconhecido, depois de uma longa estrada...
Tem gente que é para sempre. Que permanece na nossa história. Que é presença constante ainda que na distância.
Ela é assim. Eterna. Elvira como se estivesse aqui hoje, pontualmente no local amado de trabalho. Sorrindo para os pequenos, mas com o coração de mãe sempre ativo, para consolar, aconselhar, guiar se preciso pais.
Falava Glória, gloriosamente.
Era Marista, maristamente.
Encontrou no céu a Boa Mãe. Mas o engraçado é que no rosto da Virgem Maria havia um espelho e era o seu rosto refletido.
Foi salva da confusão por Marcelino, que em um abraço paterno, pode dizer: Filha, você foi assim... Maria.
Obrigado Senhor, por ela.
Obrigado Maria, por tua bondade modelo.
Obrigado Elvira por ter ouvido a voz de Deus e por ter sido sinal para nós.
Somos tão pequenos, ajudai-nos, a seguir o exemplo de Maria, a ser como Marcelino, e que sejamos só amor...
... Elvira se foi hoje, algumas coisas não se explicam... Fui acordado por uma voz feminina, dizendo que era hora de trabalhar. Os despertadores não consegueriam, mas a doce voz ... Elvira? ... às 5h30 providenciou meu despertar.
... O amor que fica MARISTA, é para sempre. A minha gratidão pelos 3 anos. É confirmada nestas horas. As amizades que ficaram, todas.
... Ela se foi com o uniforme. No peio o M e o A. Ave Maria. Acima, o título: EDUCADOR. Nunca conheci alguém mais merecedor. Nas mãos o terço. Dedilhado tantas vezes, mais pelos outros do que por si.
Foi, mais ficou...
E se quisermos vê-la, basta fechar os olhos, se as lágrimas ou o ardor permitirem, mas talvez o riso venha primeiro e confunda as sensações todas. Ela nos confundia.
Chegavamos mansos, preocupados em trazer alegria ao seu dia, mas ela acabava por nos animar...
Escondia do rosto o sofrimento. Lutava resignada. Mostrando que dor não mata. Vencedora.
Tinha escondidinho um motivo para luta, sua cria.
Tanto a quer bem, que fugi da sua presença. Receando encontrar uma moça fraca diante da morte.
Meus olhos se abriram, quando meu nome foi dito, e o abraço dado.
E foi Elvira pelo caminho desconhecido, depois de uma longa estrada...
Tem gente que é para sempre. Que permanece na nossa história. Que é presença constante ainda que na distância.
Ela é assim. Eterna. Elvira como se estivesse aqui hoje, pontualmente no local amado de trabalho. Sorrindo para os pequenos, mas com o coração de mãe sempre ativo, para consolar, aconselhar, guiar se preciso pais.
Falava Glória, gloriosamente.
Era Marista, maristamente.
Encontrou no céu a Boa Mãe. Mas o engraçado é que no rosto da Virgem Maria havia um espelho e era o seu rosto refletido.
Foi salva da confusão por Marcelino, que em um abraço paterno, pode dizer: Filha, você foi assim... Maria.
Obrigado Senhor, por ela.
Obrigado Maria, por tua bondade modelo.
Obrigado Elvira por ter ouvido a voz de Deus e por ter sido sinal para nós.
Somos tão pequenos, ajudai-nos, a seguir o exemplo de Maria, a ser como Marcelino, e que sejamos só amor...
... Elvira se foi hoje, algumas coisas não se explicam... Fui acordado por uma voz feminina, dizendo que era hora de trabalhar. Os despertadores não consegueriam, mas a doce voz ... Elvira? ... às 5h30 providenciou meu despertar.
... O amor que fica MARISTA, é para sempre. A minha gratidão pelos 3 anos. É confirmada nestas horas. As amizades que ficaram, todas.
... Ela se foi com o uniforme. No peio o M e o A. Ave Maria. Acima, o título: EDUCADOR. Nunca conheci alguém mais merecedor. Nas mãos o terço. Dedilhado tantas vezes, mais pelos outros do que por si.
Maber
30/01/2007
30/01/2007
mercoledì, gennaio 24, 2007
Experiências - parte 1.
Naquele dia acordou cedinho, talvez fosse adequado dizer: não dormiu.
Alimentou-se mais, e respondeu aos pais com um simples sorriso. Não tinha domínio sobre si para dizer uma palavra sequer. Caminhou carregando o peso. Mal sabia que era na verdade um peso necessário. O pior é que talvez nunca soubesse.
Entrou no carro e bateu a porta levemente. Em um caminho diferente enveredou-se pelas ruas de um bairro desconhecido. A luz do sol era cinzenta. O pouco sol que ultrapassava as núvens. Conseguiu somente dizer uma frase: Pare aqui. Sorriu e beijou o pai com a doçura que somente uma menina poderia ter.
Eis que o peso tornou-se maior...
Encurvou suas costas, e caminhou.
Tremia e tinha vontade de chorar, embora conservasse seu sorriso.
Batimentos cardíacos no limite, foi encarada como uma estranha, novidade, possibilidade. Mau olhou para os lados. E somente deu a primeira respirada profunda...
Quando o sinal tocou.
Alimentou-se mais, e respondeu aos pais com um simples sorriso. Não tinha domínio sobre si para dizer uma palavra sequer. Caminhou carregando o peso. Mal sabia que era na verdade um peso necessário. O pior é que talvez nunca soubesse.
Entrou no carro e bateu a porta levemente. Em um caminho diferente enveredou-se pelas ruas de um bairro desconhecido. A luz do sol era cinzenta. O pouco sol que ultrapassava as núvens. Conseguiu somente dizer uma frase: Pare aqui. Sorriu e beijou o pai com a doçura que somente uma menina poderia ter.
Eis que o peso tornou-se maior...
Encurvou suas costas, e caminhou.
Tremia e tinha vontade de chorar, embora conservasse seu sorriso.
Batimentos cardíacos no limite, foi encarada como uma estranha, novidade, possibilidade. Mau olhou para os lados. E somente deu a primeira respirada profunda...
Quando o sinal tocou.