Porque esperança em mim tem que ser só uma, e ela é:
Que meus ouvidos ouçam, quando chegar a hora uma doce voz, daquelas que queremos ouvir para sempre. E que meus olhos vejam, o brilho no olhar, reflexo dos meus e que os meus possam brilhar radiantes. E que minhas mãos fiquem suadas de sentir a pele. E que tenha forças para um arrepio de corpo inteiro e sentindo-o não pense que foi uma brisa que passou. E que minha boca ansei o gosto da novidade e que provando-a saiba que aquele gosto tem um nome. E que minha razão dite às mãos textos inesquecíveis que fogem das dores passadas. E que minha perna trema e eu não pense em fraquezas infundadas. E que eu sinta um cheiro diferente do meu e ao mesmo tempo complementar. E que "nãos" virem "sims" e que "sims" virem "nãos". E que eu cante, canções novas, repertórios meus, textos de uma alegria entendida por poucos, os que amam.
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