mercoledì, novembre 24, 2010

Pretério mais que perfeito

O Pai,
ganhara uma dúzia de bolinhas pretas três centímetros de diametro cada.
Levara ao filho sem saber a mágica que estava prestes a fazer em sua vida.
Bolinhas da mesma cor.
No dia da chegada foram duas em seus bolsos.
- Mãe, posso descer?
Ganhara a permissão necessária.
Inventara mentalmente já ao fechar a porta de casa o primeiro desafio.
Bolinhas correm...
Foram então três andares abaixo.
Correra o garoto.
Meninos fazem degraus virarem rampa.
No segundo andar sentira o cheiro de pão sendo assado, ouvira o choro do bebê.
Pensara naquele momento: quisera eu já ser homem.
Homem grande: para fazer seus pães e bebês.
No primeiro andar fizera com que seus pés não tocassem o chão.
Aquela estranha senhora tinha ao menos setenta anos de diferença do garoto.
Isso fizera com que ele sempre a visse com olhos de medo.
No jardim é que a aventura começara.
Jogara de todas as formas a bolinha.
Contra o muro resistira por dez minutos apenas, ela sempre retornara.
Para cima, pudera ver a bolinha descer descoordenada sem saber a direção para onde ela pularia.
Sim, elas pulavam...
E tocando o chão, pulavam outra vez.
Elas eram doze.
Soubera perder uma por uma.
Naquele mesmo dia viu uma delas cair no meio do ralo. Fizera cara de interrogação.
Olhara para o lado (adultos tão úteis de vez em quando não estavam por ali).
Perdera a primeira e pouco a pouco:
uma foi parar na rua, terreno que lhe era proibido.
duas misteriosamente penetraram o jardim (poderia existir uma árvore de bolinhas - maquinara o menino)
Esquecera ainda neste tempo, umas três sabe lá por onde deixou, ao ou a mãe chamá-lo: - Sobe!
Começara então um período de forças na vida do garoto.
Na frente do mar perdera mais duas.
Decidira então não usar mais nenhuma delas.
[ Quem diante de chances, as coloca em redomas e não as utiliza? ]
Jogara pensando na sorte com toda força a primeira.
Perdera-se nas alturas. Crescera então questionando se acaso teria sido o vento...
Jogara com força, e sabendo que estava próximo ao término, a segunda.
Perdera-se nas alturas mas desta vez o seu olhar acompanhara e pudera ver a bolinha instalar-se no telhado do prédio de 3 andares.
Orgulhara-se. Que força! Olhara para os lados, ninguém pode ver... Seria um trunfo não registrado por ninguém, um trunfo somente seu.
Por dias incontáveis segurara a última bolinha entre os dedos em uma mão crescente.
Mas chegara o dia de arriscar.
Jogara com força e com o coração pulsando, como se fosse a despedida de sua infância.
Jogara e imediatamente a bolinha virou chuva, ráios, trovões, uma saudade por detrás das cortinas brancas de sua mãe, ou na cadeira de balanço de seu pai.
...
Da demolição
...
1986, mudara-se e nunca deixara de perseguir seu tesouro.
Durante a demolição recuperara exatamente três bolinhas.
Acreditara que eram as três últimas.
...
Alturas tantas vezes são chamadas de chão!

mercoledì, novembre 17, 2010

Dores da Alma.

O poeta encheu seu cachimbo,
pegou um fósforo,
e rusticamente o riscou no chão.

E de sua fumaça sai toda a sua vida,
narrada nas tragadas,
algo como canção.

Triste por horas,
Alegre repentinamente...

Ele durou mais do que todos diante do lugar que chamava esperança.

Preghiera

Ainda que eu não queira,
Ainda que os sons não sejam suficientes,
Ainda que o calor não me aqueça,
Ainda que as escolhas sejam difíceis,
Ainda que todos se coloquem a minha frente,
Ainda que eu erga a minha voz,
Ainda que eu trema diante da não certeza das respostas,
Ainda que eu não tenha prazer ao me alimentar,
Ainda que eu faça tarefas impensadas,
Ainda que a cama não acolha o meu cansado corpo,
Ainda que as sombras não descansem meus olhos,
Ainda que eu chore desesperadamente um choro de anos,
Ainda que meu tempo não passe,

Ainda assim, há algo dentro de mim que me diz que Existes em algum lugar e que me Queres bem, e me Proteges...
Senhor.

Medos

Tantas vezes me peguei pensando o que eles são.
Só hoje cheguei a conclusão que são as sombras dos pensamentos que temos. Elas crescem, se tornam monstros e nos impedem de ver a realidade. E nos impedindo de ver a realidade, não nos deixam viver.
Se vivessemos nossos passos impediriam as sombras da estagnação. Sim, eles seriam certeiros, acompanhados ou não, mas as sombras ficariam para trás, nós veríamos somente a sombra da altura dos pés...

Sim, pense nisso.

Prefiro caminhar rapidamente e intensamente ao enxergar as sombras de meus...

... medos

sabato, novembre 13, 2010

Novas Constantes

Porque é um sonho daqueles que se vivem acordado... Pensar em você antes de dormir e ao acordar. E repetir um nome, sem querer, sem perceber, de boca cheia pelas estradas que pego. Sim... Devagar, sem pressa, e ouvir as primeiras palavras de reconhecimento do que sou...

venerdì, novembre 12, 2010

Music of the night - The Phanton of the opera.

Música da noite
Hora da noite,
afia-se,
Intensifica-se
cada sensação

Movimentos na escuridão
Se desperta a imaginação
Silenciosamente os sentidos
Abandonam suas defesas
Incapaz de resistir
Ás notas que escrevo
Pois eu componho
A Música Da Noite

Calmamente, gentilmente
A noite abre seu esplendor
Agarre isso, sinta isso,
Tremuloso e macio,
Vire a sua face,
Para a extravagante luz do dia
Vire seus pensamentos,
Para o frio, sem sentir a luz

E ouça a música da noite.
Feche seus olhos e
Desperte os seus sonhos mais escuros
Remova todos os pensamentos da vida que você conhecia antes!

Feche seus olhos,
deixe sua alma começar a voar alto...

E você viverá como você nunca viveu antes!
Suavemente, habilmente,
A musica há de cercá-lo

Sinta isso, ouça isso,
Fechando-se em volta de você

Abra sua mente,
Deixe suas fantasias desenrolarem,
Nessa escuridão que você conhece,
Você não pode lutar, a escuridão
da música da noite.

Deixe a sua mente começar uma jornada através de um mundo novo e estranho!
Deixe todos os pensamentos da vida que você conhecia antes!
Feche os olhos
E deixa a música libertar você
Só assim você poderá pertencer
A mim
Flutuando, caindo,
Doce intoxicação!

Toque-me confie em mim
Saboreie cada sensação!
Deixe o sonho começar
Deixe o seu lado negro render-se
Para o poder da música que eu escrevo

O poder da música da noite.
Somente você
Pode fazer com que a minha canção alçe vôo
Ajude-me a fazer
A Música Da Noite

Sorriso

Queria fazer um texto, não me vinha a ideia.
Queria escrever a letra de uma canção com teu nome... Eis uma pista.
Dai juntei tudo o que eu sabia sobre ti.

Tão pouco.

Que decidi cantar assim mesmo as velhas músicas que tenho sobre mim.

mercoledì, novembre 10, 2010

Solidão

Solidão é:

Acordar e não dar bom dia a ninguém.
Não ver ninguém colocar a cara embaixo dos travesseiros para fugir da luz.
Não andar nas pontas dos pés, para acordar quem ainda pode dormir.
Acordar sem uma canção na cabeça.
Andar pela casa e não ver um ser vivo.
Fechar a porta e não ter vontade de voltar.
Não sentir o telefone vibrar com uma mensagem inesperada.
Não dar satisfações a ninguém, de nada.
É estar doente e ter que andar para tomar água.
Dirigir por ruas repetidas e muitas vezes ter uma lágrima pendurada nos olhos.
É ter que recomeçar histórias ou melhor imaginar começos.
Não ter ninguém na platéia que tenha ido lá só por você.
Solidão é tudo aquilo que não posso escrever, porque não criando uma história com ninguém, não há assim o próximo capítulo.............................................................................................................................................................

Adventos

Tive tantos adventos na vida.
Eles muitas vezes foram correspondidos.
Como os mais brilhosos que reluziam por todo o ambiente.

Tive tantos adventos na vida.
Inóspitos, deixados de lado.
Que marcaram a minha memória que insiste em prender-se a dor.

Tive tantos adventos na vida.
E já não mais quis esperar por nada.
Pois entre o abrir das cortinas, a primeira fala e os aplausos incertos, sofri.

Tive tantos adventos na vida.
E marquei-me pelo ponto final.
E as reticências jamais me disseram é o tempo certo de recomeçar.

Tive tantos adventos na vida.
Que a vontade que tenho é de...
Voar.

Sogni d'ori

E se repito isso para especiais pessoas, é porque na verdade, queria ser o brilho de suas vidas, todas... Mas na verdade, talvez seja latão ou o mais inútil dos materiais. Daqueles que sonha em ser ouro.

mercoledì, novembre 03, 2010

Sonhos Indecifráveis. (Rostos conhecidos)

Acordei rindo de meu indecifrável sonho... Por isso o reconto. Misto de uma série de coisas e muitos "naldecons".
Bom, estava em meu carro e subí em uma garagem como de shopping, até o último piso. Lá, todas as vagas estavam livres, menos a que eu queria. Após lamuriar, o que é bem típico, escolhi uma outra, fazendo mil manobras, como se todas elas estivessem ocupadas.
Atravessei algumas portas, todas de vidro. E te vi, junto a uma outra mulher. Abri a porta. Você me pediu que agora nada falasse; alegando estar em um momento importante da vida. Eu porém insisti e disse que só queria te mostrar uma coisa.
Juntei as três últimas peças de um mosaico em forma ovalada, todas vermelhas, vermelhas.
De dentro de ti, um sorriso se formou. Tão grande. Eu exclamei em italiano: Elena. ( o acento italiano é no primeiro E). Você disse a mulher que muito parecia uma gerente de banco, que esperasse, pois agora era a minha vez e tudo aquilo era muito mais importante. Me deu a mão e demos passos seguros.
Acordei repetindo Elena, Elena... E já acordado disse Elena di Troia... Sorri muito. Desliguei o primeiro despertador. Tentei sonhar de novo, por três vezes ainda repeti o gesto. Mas a única coisa que reboava em minha cabeça era o bendito nome: Elena di Troia. Como é possível?
Passarei quase todo o resto do meu dia de cama. Recuperando-me da gripe. Mas porque não sonhar e novo... naldecons tenho de monte. Minha cara: Elena di Troia.

martedì, novembre 02, 2010

Réquiem in Pace

Pai, lembra que lhe chamava: Reverendíssimo Pai? Hoje, tão distante de um abraço seu, posso pedir a ajuda necessária para os desafios da minha vida, história, complexidades. E escutar sua voz dizendo: Coragem. Ou a voz embargada de emoção, ao anunciar a santidade daquela mulher. Ou ainda a voz cheia de ira pelas coisas não certas do dia a dia.
Nunca vou me esquecer, pai, de seu cheiro, sua voz, sua altura, e sua paciência para com minha juventude. Nossos caminhos estiveram cruzados aqui, e ai se for para ser, se encontrem.

lunedì, novembre 01, 2010

Revertendo esperanças

Porque esperança em mim tem que ser só uma, e ela é:
Que meus ouvidos ouçam, quando chegar a hora uma doce voz, daquelas que queremos ouvir para sempre. E que meus olhos vejam, o brilho no olhar, reflexo dos meus e que os meus possam brilhar radiantes. E que minhas mãos fiquem suadas de sentir a pele. E que tenha forças para um arrepio de corpo inteiro e sentindo-o não pense que foi uma brisa que passou. E que minha boca ansei o gosto da novidade e que provando-a saiba que aquele gosto tem um nome. E que minha razão dite às mãos textos inesquecíveis que fogem das dores passadas. E que minha perna trema e eu não pense em fraquezas infundadas. E que eu sinta um cheiro diferente do meu e ao mesmo tempo complementar. E que "nãos" virem "sims" e que "sims" virem "nãos". E que eu cante, canções novas, repertórios meus, textos de uma alegria entendida por poucos, os que amam.

Sinapse

Quando não me vem a vontade de escrever... leio.
E quando não me vem a vontade de ler... escrevo.
Mas quando não faço nenhum dos dois direito... estou amando.