giovedì, dicembre 09, 2010

Faltavam 3 minutos...

...preanunciava a música encontrada ao acaso. Os três minutos eram para simplesmente falar de mim. Falar as verdades finais de alguém que facilmente se escancara, sem omitir detalhes. Falar de projetos e sonhos todos, talvez já falados. Falar da simplicidade que é amar, no ponto de vista de quem esperava três minutos para consumar as dadas mãos. Falar em português ou italiano sobre o querer, e o viver juntos. Falar das experiências passadas, pois não se pode entrar em um barco sem saber o tamanho de suas travessias.
...faltavam dois minutos, e nem olhamos um nos olhos do outro. Trocando castanhos e verdes, e fazendo misturas de tons mudados com os nuances da luz. E nem encostamos nossas peles a não ser pequenos pedaços de rosto em saudações rápidas e formais. E nem gesticulamos abundantemente, italianamente, intensivamente. E nem e nem...
... faltava um minuto, as cortinas já iam se fechando, e lágrimas começavam a tomar seus caminhos internos e sequer ouvimos a voz um do outro, em sigilos ou risadas. E sequer demos passos juntos, para ver se os ritmos se encontravam. E sequer falamos dos amigos, suas características e porque os temos ao nosso lado. E sequer entramos em labirintos mentais, sem descobrir caminhos de volta.
...meio minuto nunca me importou! Não sou homem de metades, restos ou embalagens! Nem sou um leonino que persegue presas como se fossem vitais fazendo do orgulho alimento! Sequer escrevi em teu corpo um texto, com a caneta novinha que comprei para ti.
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Sobra então um pouco de tristeza sim, para tudo o que é verdadeiro e faz o coração dançar, virando algo triste, os passos devem desacelerar, e a dança, terminar.

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