Dei passos vendados.
Não precisei de nada, tirei-as de mim.
Dei passos vendados.
Mas vez ou outra abri os olhos.
Dei passos vendados.
E o vento me levava descordenadamente para os lados.
Dei passos vendados.
E a esperança era de que no próximo eu batesse a cara em algo realmente sólido.
Dei passos vendados.
Levemente uma brisa acariciou meu rosto tornando-se imediatamente uma rajada forte, precipitada.
Dei passos vendados.
Mas os olhos se abriam com medo.
Dei enfim passos de olhos abertos, e a vida se fez por inteira, correndo ao meu lado, sorrindo, amando, falando palavras docemente acentuadas, porque toda a vida está aqui.
VIVENDO TÃO SOMENTE POR MIM.
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