sabato, luglio 10, 2010

Vendado tão somente por mim.

Dei passos vendados.

Não precisei de nada, tirei-as de mim.

Dei passos vendados.

Mas vez ou outra abri os olhos.

Dei passos vendados.

E o vento me levava descordenadamente para os lados.

Dei passos vendados.

E a esperança era de que no próximo eu batesse a cara em algo realmente sólido.

Dei passos vendados.

Levemente uma brisa acariciou meu rosto tornando-se imediatamente uma rajada forte, precipitada.

Dei passos vendados.

Mas os olhos se abriam com medo.

Dei enfim passos de olhos abertos, e a vida se fez por inteira, correndo ao meu lado, sorrindo, amando, falando palavras docemente acentuadas, porque toda a vida está aqui.

VIVENDO TÃO SOMENTE POR MIM.

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