giovedì, luglio 29, 2010

Solidão

Quem dela falar negativamente, pode ter certeza de que é um fraco!
Solidão é uma das melhores coisas que existe.
Nos encontramos diante de nós mesmos sem subterfúgios.
Sorrimos, comemos, dormimos, arrumamos... se quisermos, quando quisermos.
Há muito tempo não sei o que é isso.
E cada dia deparo-me com alguém novo, cheio de vontades e de esperança, um vitorioso, um grande.
Então meus 1, 77 se tornam 2, 30 e a sabedoria se acumula cada dia mais.
E sei viver, e estar só e sei estar só e sei viver.
Essa é a maravilha da vida, para os grandes como Eu.

E se um dia...

... acordar distraida e perder este foco maravilhoso que assisti você encontrar.
... achar que qualquer despedida pode tudo disperdiçar.
... deixar amizades por razões absurdas ou por alguém não gostar.
... se achar a última dos seres, e de mais nada reclamar.
... cair em um mundo absurdo de sonhos, deixando de lado a realidade, que na maioria das vezes é tão diferente.
... deixar de usar o perfume da vida no seu corpo todo, e ele não te acompanhar.

Ai então vais ter que cumprir esta ordem: tudo ao contrário deves realizar!

"As vezes nossa vida fica de cabeça para baixo, para andarmos de cabeça para cima e o céu enxergar".

Contagem Regressiva

De onde vem a força da vitalidade que existe em um cantinho dentro da gente que não se revela e que não encontramos ainda que nas mais profundas peregrinações para dentro de nosso ser e que quando queremos não aparece facilmente e na maioria das vezes acaba por não nos atender nem depois do mais profundo sono e do nada quando não há queremos brota rígida como a mais alta montanha do mundo é assim que estou agora rígido cheio das vontades todas que não baterão a porta para me atender mas que facilmente chegarão se eu der passos algo que não tenho feito como a ausente falta de pontuação neste texto

mercoledì, luglio 28, 2010

Leito 262

Todos os pensamentos que se tem distante dele são pequenos. Eu mesmo, diante da agora temida realidade, sinto-me pequeno. Passivo a toda a história, virei platéia e saí do controle da situação.
Há, o leito de hospital é sim a derradeira esperança.
Observo os movimentos todos. O entra e sai das equipes revezadas de médicos e enfermeiros. As faces diante do medicamento que já não faz efeito. Ou o sorriso velado de quem pensa não querer passar pela mesma coisa.
Adormeço. Parece que minha lucidez é algo insano. Como posso dormir e perceber tudo? Onde estou? É esta a pergunta que me faço silenciosamente a todo momento.
Acordo. Observo então os cheiros. Éter, produtos de limpeza ou um banheiro que sempre parece precisar ser limpo. Cheiro de comida... Se eu pudesse andar veria exatamente que a ideia de estar perto da cozinha é verdadeira. Quantos cheiros.
Adormeço. E distante de meu corpo visito minha casa, a atual, a antiga, a dos meus pais. Escuto vozes que chamam meu nome, ou apelidos que talvez um dia tenham sido carinhosos.
Acordo. E sinto mãos e abrindo lentamente os olhos vejo rostos que conheço, mas ao mesmo tempo não. Me dão a mão, forçam sorrisos animadores, uma delas corre, por não aguentar ver, penso que a mim, assim. A pior hora do dia chega e então tenho que quase por força sentir sabores que não existem. Quero voltar a dormir. Quero parar de acordar.

Dois sangramentos... Um vermelho e outro transparente não me abandonam.

lunedì, luglio 26, 2010

O Bobo da Corte.

Se eu vestisse todas as mais estranhas roupas e coloridas, e maquiasse todo o meu rosto, passando batom na testa, como se lá estivessem meus lábios, e balançasse todos os mais estranhos sons, saltitando para os lados, frente em acrobacias arriscadas, sem me importar?
Talvez arrancaria de ti um meio sorriso, daqueles que a boca prepara só para tentar agradar.
Se eu então desesperado, contasse as piadas todas que sei: de fanhos, de loucos, de português...
Talvez arrancaria de ti um som baixinho, como quem diz: valeu por tentar.
Se eu por último fizesse ao teu lado silêncio, por quantos dias fossem precisos, e se vendo lágrimas escorrerem, derramasse distante também algumas só por companhia, e retirasse as pedras que estão em teu caminho sem que você me avistasse, e por fim, digitando palavras que viessem eu formasse um texto.
Você renasceria, pouco a pouco, e novamente se tornaria a gigante que imagino, e então sorriria, lábios, sons, corpo inteiro.
Para satisfazer o dono do título.

Piccinina...


Se penso em ti: uma palavra.
Mas se te vejo: mil certezas.
Poderia então mil e uma noites completar tua história?!...
Mas não podemos controlar o tempo!
Porque agora não ages como um dia me ensinou?
A viver somente de instantes?!..
Sorrindo para os já passados.
Colocando a dança nos agora vividos.
No teu intenso azul impenetrável.

mercoledì, luglio 21, 2010

Caixinha de Surpresas

Se te vejo sorrindo, entendo que amigos, fazem a gente vibrar.
Mas se te imagino pensativa, a trocar palavras todas, até porque falamos, nem tento penetrar, eu entendo o seu olhar.
E se somos assim, palavras todas não vão transformar, o que as atitudes todas estão para acalmar.
Há, se baianamente eu pudesse... Mas acontece que corações frios e ninhos de amores vazios, doem... E cansam... Um cansaço que não tem o repare.
Droga, o fazer de cada momento que poderia ser único uma droga.
Ainda que das lícitas, droga.
Não!!!
Deixa de lado tudo o que te entorpece...
Abre a caixa.
Essa estrutura que chamamos de corpo, junção do que um dia serão restos, cultuados mas um dia esquecidos.
As surpresas estão nos olhos e nos olhares.
E a vida pode ser azul, você tem essa marca e não pode esquecer disso.
Voa.
Viaja.
Caminha.
Entoa a melodia de tua canção distante.
Vive.
Essa é a surpresa, que se apresenta como algo deixado de lado, estagnado num passado próximo, que destroi um presente todo, que você tem que
Viver.
A juventude acabou... Resta a maturidade que pode ter para sempre ares de jovialidade, mas que constantemente sentirá o peso de viver. Mas nada significa: dor.

Nem as palavras podem dizer...

pois elas são criadas por nós, e entendidas por quem se deixa interpretar...

E se por acaso...

... fosse fácil como penso, e dobrando a esquina da virtualidade eu te encontrasse.
... pudesse dizer para sempre, sem desconfiar da minha fala.
... as interrogações virassem exclamações contínuas.
... as dores fossem alheias ao meu corpo fechado.
... tudo batesse a minha porta fazendo-me o maior.

... dessem o nome diferente a isso tudo, e me retirassem a vida...

sabato, luglio 17, 2010

Era verão...

... e estavas comigo, era verão e faz já tanto tempo... e a cada hora nos descobríamos, fazendo cada momento ser feliz, sem amanhã... Era outono e estavas comigo, mas já faz algum tempo... Nossos sorrisos, nossas canções, deixavam para trás o verão passado... E o inverno chegando, nos fez juntar as mãos e corpos, buscando chamas existentes, quentes, posições carinhosas - ainda que no dia seguinte as dores do corpo fossem recompensadas pela memória.
Estação após estação nos perseguiamos, mas cada uma delas apagava algo, e eu não percebia. Meus sonhos continuavam ali, enquanto as lágrimas te escorriam claras do rosto, me dizendo: Adeus!
Estações se repetiram... Sonhos se foram, e no teu sorriso já aparecia uma força, e os brilhos dele já não eram mais meus. Não eram necessárias mais as datas, os planos, as coisas... E eu tentando reviver as estações como da primeira vez... enquanto as lágrimas te escorriam claras do rosto, me trazendo uma mensagem somente: Adeus!

Terei tantas outras estações na minha vida. Tenho uma esperança forte, certeza. De que as reviverei.

E possivelmente sem precisar dizer: Adeus!

inspirado por famosa canção italiana

giovedì, luglio 15, 2010

Sentimentos giram...

... com o mundo e como o mundo, pelo menos para os sensatos, sempre há uma melhora. Paixão pode se transformar em amor. Amor em amizade. Esperança em realização... Enfim, sou esta roda toda que movimenta a minha, nossas vidas.

de Drummond

"Não somente uma certa maneira especial de ver as coisas, senão também a impossibilidade de as ver de qualquer maneira."

domenica, luglio 11, 2010

Gratuidade

Peguei-me pensando em todas as interrogações que me levam a ser como sou.
A única palavra é: Gratuidade.
Saber-se tão solicito ainda que na distância, ou sem vínculo algum.
Oferecer-me para favores inóspitos, sem saber sequer se vão agradecer ou lembrar de meu nome.
Talvez vocação? Visão diferente da vida? Perda de tempo?
Sou assim... E isso acaba por me responder tudo. Sou a resposta das minhas próprias questões, insistências, todas.

Insistência

São já três dias de saudável insistência. Caminhar, caminha, caminhar. Como se todos os caminhos resolvessem os impasses todos. De uma vez. Como o sorriso gratuito que nos três dias recebi de três meninas, recém saídas do colo, dando como eu seus primeiros passos.

sabato, luglio 10, 2010

Sem palavras...

... até tentei resumir os sentimentos todos da noite não dormida em palavras, mas algo me segura os dedos, como se não pudesse despejar o quão tão bom foi, e o quanto tão bom será a companhia de quem vive de boemia, e já no começo tentou me irritar.

... bem que eu queria escrever algo da hora, mas não to inspirado, né?

Vendado tão somente por mim.

Dei passos vendados.

Não precisei de nada, tirei-as de mim.

Dei passos vendados.

Mas vez ou outra abri os olhos.

Dei passos vendados.

E o vento me levava descordenadamente para os lados.

Dei passos vendados.

E a esperança era de que no próximo eu batesse a cara em algo realmente sólido.

Dei passos vendados.

Levemente uma brisa acariciou meu rosto tornando-se imediatamente uma rajada forte, precipitada.

Dei passos vendados.

Mas os olhos se abriam com medo.

Dei enfim passos de olhos abertos, e a vida se fez por inteira, correndo ao meu lado, sorrindo, amando, falando palavras docemente acentuadas, porque toda a vida está aqui.

VIVENDO TÃO SOMENTE POR MIM.

domenica, luglio 04, 2010

Domingo

Ainda nem dormi e já é domingo. Agora sei que é o melhor dia da semana. Deveria se chamar liberdade. O poder andar por ai, sem saber para onde ir, no sol invernal que tantos invejam! Será assim. Mais um dia cheio de momentos do que momentos cheios de dias. Dia da vitória de alguns e da derrota de outros. Mas um domingo que as crianças vão poder subir em suas bicicletinhas empurradas por seus pais. A bola vai entrar em milhões de campos. As casas serão perfumadas por odores diferentes. As mães gritarão: está na mesa. As Igrejas repicarão seus sinos todos... Um domingo.

Dos velhos tempos... Atuais tempos... Diferentes tempos.

giovedì, marzo 01, 2007

Ausência
Quero chamar esta fase,
ausência,
já que os textos,
por nada chegam,
aos dedos de quem
tecla outras coisas,
compromissos...
Ausência agora,
é felicidade,
de quem tem tudo,
sonha pouco,
enfrenta problemas mínimos,
sorrindo...
Minha felicidade é sorriso,
poucas letras,
em uma palavra que éanseio de nosso tempo,
felicidade.

Embrião

Voltar a vida embrionária, visualizar a escuridão toda, sentindo uma certa proteção - ainda sem saber-se protegido...

E então viver... Assim, silenciosamente só, esperando o que não sabemos que virá...

Dormindo, comendo, ouvindo vozes desconhecidas do além ventre...

Para um dia renascer e no colo de desconhecidos com desconfiança sorrir.