venerdì, aprile 20, 2007

Silêncio, por favor.



Entre as últimas leituras que chegaram sorrateiramente e furaram a fila inúmera dos livros que ficam olhando para mim em frente à escrivaninha, o livro “Silêncio, por favor.”, acabou tomando a minha atenção pelo menos por três horas completas.
Sou professor, já sabem, e eu cheguei a conclusão outro dia, que na verdade sou pago para pedir silêncio, algumas vezes com toda educação do mundo, e em outras, gritando... Será que funciona gritar por silêncio?
A melhor das comprovações é que o silêncio que peço é em vão. Os alunos sempre serão ruidosos, pois estão em um mundo de ruídos.
Assim, ruído atrai ruído.
E nem nosso mundo... Diferentemente do mundo Antigo, da Idade Média, Moderna... Nosso mundo contemporâneo é repleto de ruídos. Benditas máquinas que nos impedem de ouvir os pássaros, o vento, a chuva ou até os ruídos das crianças brincando nas praças, parques...
Para nos protegermos dos ruídos, acreditem, acabamos por produzir mais ruídos. É necessário então, para esta proteção, correr e ao chegar em casa ligar no último volume a televisão, o som, ou a fonte artificial que produz o barulho da água corrente.
Mas não esqueça... São ruídos... E eles logo serão interrompidos por um grito desvairado de um vizinho, pelo carro que passa vendendo frutas, por um outro que quer que gostemos de sua música alta.
Silêncio, por favor.
Como se para esta produção o mundo fosse parar só para eu escutar, algo que nem sei como é... O Silêncio.


lunedì, aprile 16, 2007

Vida Nova

Agora percebia que a história, era realmente pêndulo... Então arrancou-o do relógio "vida", para que o mesmo trabalhasse eternamente estacionado neste ponto. Como bom ser humano alargava a hipótese, de renovadas horas de alegria. Dia e Noite, Noite e Dia. Sol de inverno que sempre mais o agradaria.
Medos todos deixados ao léo, passados de ontem, distantes... Fez-se em palavras um imenso gigante, estremecendo a terra, um passo por vez.
Entendeu que não era fácil ser gente, em um mundo que gira desde cada umbigo, e roda que era para ser gigante, é somente um gira-gira constante.
Com máscara de gente de verdade, não correrá jamais atrás de sua sombra, trabalho inútil de trinta voltas escuras.
Brilhava o rosto, não mais que o olhar, em um céu brilhante de impressionar, aquele que de Zé, nenhum vai poder chamar.