Há mais de dois mil anos atrás, nascia. Longe de lugares que se pareciam há hospitais, nascia. Diz-se que era noite, e fez-se dia. Iluminados por uma estrela, tão grande, a maior, que nenhum nascimento mereceu semelhante sinal. Contam descendências e mais descendências, e de pequenos escutamos as histórias, de um rei. Pobre, pobre? De Belém, Belém?
Filho de um carpinteiro que não era seu pai. Filho de uma virgem, a Maria, e quantas Marias, umas parecidas e outras, não. Houve na história um SIM. Poderia haver escolha de um NÃO. Apareceram anjos. Naquele tempo, anjos eram vistos, sinais. Os homens e mulheres de asas, chamaram os pastores, pobres, sujos, abatidos pelo cansaço do trabalho de todo um tempo de desesperança. Foram chamados, bem aventurados. O ruim se tornou bom. A dor se tornou alegria. O cansaço, descanso. A desesperança, uma nova e maior esperança.
25 de dezembro de 2007, nasceram. Nos hospitais particulares, nos hospitais do governo, nos casebres, nas ruas, nas cidades grandes, nas fazendas, no sertão sedento por águas, nos povoados indígenas, nos lugares em que nem a eletricidade chegou... nasceram.
José, Ricardo, Mauro, Mariana, Cristiano, Fabiana, Bruna, Maria... Nasceram.
E vão ouvir as histórias do mestre de Nazaré. E vão ver homens de vermelho transitarem pelas ruas, ou pelas televisões. Ou simplesmente vão ouvir as histórias do bom velhinho. Vão abrir grandes embrulhos ou nenhum.
Mas saberão o que é Natal.
Mas sabendo o que é Natal, vão poder dizer sim ou não. Sim, eu acredito e o seguirei. Não, hoje é somente um dia de festa, e não quero envolver-me no significado da festa.
E para todos os que dizem sim, e para os que dizem não, felicidades, hoje, e em todos os Natais da vida.
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